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Por que as mulheres vivem mais do que os homens?


- Atualizado no dia 3 de abril de 2023 -

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          Uma coisa é fato na vida: mulheres (generalizando a população do sexo feminino) vivem mais do que os homens (generalizando a população do sexo masculino). A média da diferença de expectativas de vida entre os sexos é em torno de 3 anos, mas podendo variar substancialmente dependendo da população analisada. Isso já é sabido há décadas, e o mesmo padrão é encontrado também nos outros primatas superiores, como orangotangos, chimpanzés (1) e gorilas, e entre os mamíferos em geral. Aliás, com exceção notável entre várias espécies de aves e de alguns invertebrados, as fêmeas tendem a viver por substancialmente mais tempo no Reino Animal. Existe explicação para o fenômeno?

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   FATORES SOCIAIS, CULTURAIS E COMPORTAMENTAIS?

          Claro, nossa primeira reação é argumentar: "É porque os homens cuidam menos da saúde, bebem mais, fumam mais e, em geral, trabalham com serviços que exigem mais do físico, desgastando bastante o corpo no processo". Bem, essa seria uma explicação plausível, mas, nas últimas décadas, os homens têm se equiparado com as mulheres em termos de trabalho, hábitos cotidianos e sedentarismo, e, mesmo assim, marcantes diferenças de expectativa de vida persistem. Isso sem contar os outros primatas superiores, os quais seguem o mesmo padrão de longevidade sexo-tendencioso, mesmo com os machos e fêmeas sob pressões ambientais similares em seus habitats (1). 

          Não, o fato das mulheres viverem mais está relacionado diretamente com fatores biológicos sexo-específicos, interagindo ou não com os fatores ambientais. Os fatores sócio-culturais apenas parecem aprofundar ainda mais a diferença na expectativas de vida entre os sexos (na Rússia, por exemplo, por causa do alto número de homens alcoólatras, indivíduos do sexo masculino vivem, em média, 13 anos menos do que as mulheres!).

Em geral, as mulheres adotam um estilo de vida mais saudável, mas isso apenas aprofunda ainda mais a diferença na expectativa de vida

          Aliás, um time de pesquisadores da Dinamarca e do Reino Unido, analisando dados de mortalidade de pessoas que viveram ao longo dos últimos 250 anos encontraram que as mulheres não apenas vivem mais do que os homens mas como também resistem melhor às crises de sobrevivência, como períodos de fome e perigosas epidemias. No geral, os pesquisadores descobriram que, mesmo quando a taxa de mortalidade era muito alta para ambos os sexos, as mulheres ainda viviam mais tempo, em torno de 6 meses a quase 4 anos na média. Meninas que nasceram durante uma grande crise de fome que afetou a Ucrânia em 1933, por exemplo, viviam em média até os 10,85 anos de idade, enquanto os garotos viviam na média até os 7,3 anos. Analisando mais detalhadamente os dados, os pesquisadores mostraram que a diferença tão grande de mortalidade tinham origem já na taxa de mortalidade no primeiro ano de vida. Em outras palavras, recém-nascidos do sexo feminino são mais resistentes do que os do sexo masculino. Isso reforça ainda mais o papel biológico para explicar a maior longevidade das mulheres. O estudo foi publicado em 2019 na PNAS (Ref.10).

          Já em um estudo mais recente, publicado no periódico Canadian Medical Association Journal (Ref.17), pesquisadores analisaram os dados de quase 180 mil pessoas com idade de 50 anos ou mais de 28 países, das quais mais da metade (55%) eram mulheres. Os pesquisadores encontraram que os homens tinham 60% maior risco de mortalidade, com esse risco variando substancialmente entre os países. Fatores sócio-culturais e de estilo de vida, porém, explicaram apenas parte da diferença de risco. Diferença na prevalência de fumo e de doenças cardiovasculares entre os sexos responderam por grande parte da maior taxa de mortalidade entre os homens (22%).

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> Um estudo publicado em 2020 na PNAS (Ref.13), analisando 134 populações selvagens de mamíferos e englobando 101 espécies - de carneiros a elefantes -, revelou que a expectativa de vida das fêmeas é, na média, 18,6% maior do que dos machos, e de 7,8% maior entre os humanos. Cerca de 60% das populações incluídas expressaram essa tendência de maior longevidade aparente das fêmeas adultas. No entanto, em geral, os pesquisadores não encontraram significativas diferenças nas taxas de envelhecimento entre machos e fêmeas, e que somente hábitos diferenciais - machos se expondo a mais perigos do que as fêmeas, por exemplo - não explicavam as diferenças de expectativa de vida sexo-específicas. Segundo os pesquisadores, essas diferenças de mortalidade sexo-específicas provavelmente estão associadas a complexas interações das condições ambientais locais com os custos de seleção sexual (características fisiológicas/fenotípicas diferenciais entre machos e fêmeas frente às adversidades do ambiente). Isso é reforçado pelo fato de que diferentes populações - avaliadas pelo estudo - de uma mesma espécie vivendo em diferentes ambientes mostraram substanciais variações nas diferenças de mortalidade entre machos e fêmeas.

(1) Por outro lado, um estudo publicado no periódico Primates (Ref.12) encontrou que a média de expectativa de vida de chimpanzés (Pan troglodytes) vivendo em cativeiro e que atingem a fase adulta (12 anos) é de 41,5 anos para os machos e de 39,2 anos para as fêmeas. Foram analisados os dados de 1017 espécimes no Japão acumulados desde o ano de 1921. O mais velho chimpanzé em cativeiro no Japão era um macho nascido em meio selvagem que viveu um estimado de 68 anos. Mesmo considerando a expectativa de vida desde o nascimento ou a infância (com uma taxa de mortalidade alta), os machos continuavam com uma expectativa de vida significativamente maior.
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   SUPER GENOMA?

          O primeiro potencial fator que influenciaria no envelhecimento seria o fato de que as mulheres possuem dois cromossomos X como par sexual, enquanto o homem possui o par formado por um cromossomo Y e outro X. E o que isso tem a ver com longevidade? Pelo fato da mulher ter dois cromossomos sexuais idênticos, da mesma forma como acontece com todos os outros 22 pares, em caso de falhas durante as divisões celulares, todos os cromossomos do cariótipo (conjunto de cromossomos de uma espécie; humanos possuem um total de 46, ou 23 pares) da mulher terão uma cópia de segurança, ajudando a prevenir disfunções no corpo devido a mutações ou problemas similares na cópia de um gene. Já os homens, possuem cópia para todos os seus cromossomos, exceto para os dois do par sexual, bem distintos entre si. Assim, em caso de disfunções no X ou no Y durante divisões, não existe um backup, o que pode levar a problemas críticos nas funções celulares, com consequentes danos para o corpo e redução no potencial de longevidade.

Na representação acima do conjunto de cromossomos dos dois sexos, podemos ver que a mulher possui uma cópia de cada um dos cromossomos dentre todos os 23 pares, incluindo o par sexual circulado de vermelho; já o homem possui cópia de todos exceto para os dois do par sexual, os quais são muito distintos entre si.

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> Apesar de ocorrerem inativações aleatórias nos genes do cromossomo X do par feminino (XX) para a manutenção de níveis similares de expressão proteica entre os sexos (masculino e feminino), nem todos os genes em um cromossomo X possuem suas cópias inativadas no outro X. Nos humanos, 20-30% dos genes escapam da inativação. Nesse sentido, a maior expressão gênica em proteínas associadas ao X no sexo feminino está ligada a uma série de diferenças corporais sexo-baseadas, incluindo suscetibilidade a doenças infecciosas e desordens.
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          Os machos da nossa espécie montam uma resposta imune antiviral menos potente do que as fêmeas, e são, portanto, mais suscetíveis a infecções virais e a complicações mais severas de infecções causadas por vírus. Um estudo publicado recentemente na Nature Immunology (Ref.20) mostrou que células NK (natural killer) - células imunes antivirais especializadas - possuem uma cópia extra de um gene associado ao cromossomo X chamado de UTX. Esse gene age como um regulador epigenético no sentido de aumentar a atividade das células NK, e, ao mesmo tempo, reprimindo o número dessas células. Esse boost de atividade e o limite numérico dados pela cópia extra tornam o combate a infecções virais mais eficiente.


   BAIXA ESTATURA?


            Saindo do nível celular, temos também dois fatores - um anatômico e o outro fisiológico - que podem fornecer uma vantagem às mulheres. Depois da segunda metade do ciclo menstrual, o coração das mulheres passa a bater em um ritmo mais acelerado, simulando o efeito de um exercício físico. Isso melhora a força e a saúde cardíacas, trazendo benefícios para o organismo. Além disso, os homens tendem a ser significativamente mais altos e possuir maior massa corporal do que as mulheres. Quanto maior o número de células no corpo, maior é a taxa de divisões celulares, aumentando as chances do surgimento de mutações indesejadas, incluindo potenciais gatilhos de desenvolvimento cancerígeno. Ambos os fatores podem contribuir para explicar a diferença de expectativa devida entre os sexos.


   HORMÔNIOS SEXUAIS?

       TESTOSTERONA VILÃ?

            Uma outra forte suspeita recai sobre a testosterona, o principal hormônio sexual dos homens. E, nesse caso, existem até notáveis evidências históricas (Ref.14-15). Na Corte Imperial da Dinastia Chosun, instalada no antigo território unificado das duas Coreias entre os séculos XVI e XIX, os eunucos (castrados antes mesmo da puberdade) viviam, em média, por 70 anos. Em comparação com os outros homens da corte, incluindo os reis, todos com muitas mordomias e vidas saudáveis, a média de idade não ultrapassava os 50 anos! E esse fenômeno não é observado apenas nos eunucos. Alguns dos eunucos chegavam aos 100-109 anos, em uma frequência pelo menos 130 vezes maior a nível populacional do que aquela vista nas sociedades contemporâneas. Outros animais machos que também têm os seus testículos retirados (local onde se produz a testosterona) tendem a viver mais do que os outros. 

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          Nos EUA, durante a metade inicial do século XX, era comum a castração de homens com problemas mentais, considerados "geneticamente não-adequados", como parte de movimentos eugênicos. Homens castrados mentalmente incapazes, na média, tinham uma longevidade 6 anos maior do que a média entre os outros pacientes psiquiátricos não-castrados. Caso considerados apenas aqueles que eram castrados antes bem novos, ainda na adolescência, a média de longevidade era quase 12 anos maior (Ref.14). 

          Curiosamente, se a castração ocorre em idades mais avançadas, nenhum efeito de longevidade passa a ser observado; pelo contrário, maior risco de doenças cardiovasculares e outros problemas de saúde estão associados com a depleção de testosterona em homens de meia-idade e idosos (Ref.14).

          Um estudo randomizado Mendeliano publicado no periódico Scientific Reports (Ref.16), também encontrou que a testosterona, de fato, parece reduzir a a longevidade ao longo da vida do indivíduo. No estudo, foram analisados os dados clínicos e genéticos de mais de 167 mil homens e mais de 194 mil mulheres obtidos do UK Biobank.

          Estudos experimentais sugerem que a testosterona pode aumentar o volume da placa coronária e a coagulação, e também promover danos na função endotelial. A testosterona também aumenta a vulnerabilidade a cânceres hormônio-relacionados, incluindo câncer de próstata - um dos tipos mais comuns entre os homens -, câncer de mama e câncer endometrial. Além disso, a testosterona é cada vez mais estabelecida como um supressor imune - potencialmente aumentando os riscos de câncer e de infecções diversas - e também pode induzir comportamentos impulsivos.
            
          Como a testosterona é um grande promovedor de libido, a seleção natural Darwiniana provavelmente manteve seus altos níveis nos machos de várias espécies mesmo em detrimento à saúde devido aos benefícios em termos reprodutivos.


   OVELHAS, EPIGENÉTICA E ANDRÓGENOS
   
          Tanto fazendeiros quanto cientistas sabem há um longo tempo que ovelhas machos castradas vivem em média muito mais tempo do que o normal. Um dos exemplos mais famosos é "Shrek", a ovelha macho castrada em Otago Central, na Nova Zelândia, que escapou dos tosquiadores por 6 anos, crescendo uma quantidade de 27 kg de lã (pelagem) no corpo. É especulado que Shrek estava se escondendo em frias regiões de alta altitude, se acobertando em cavernas e mantendo-se aquecida com a grossa camada de lã. Quando foi capturado, Shrek já possuía 10 anos de idade - em torno da idade cronológica máxima alcançada pela maioria das ovelhas comerciais de longa vida - e ultimamente alcançando a idade 16 anos.


Shrek, a ovelha macho castrada que viveu por 16 anos. Na foto, aos 10 anos de idade, quando finalmente foi capturada na Nova Zelândia. Google Images

           Em um estudo publicado em 2021 no periódico eLife (Ref.30), pesquisadores mostraram  que ovelhas domesticadas (Ovis aries) machos, quando castradas, expressam um envelhecimento significativamente mais lento do DNA em comparação com machos não-castrados, tornando marcadores epigenéticos (metilação, no caso) mais similares ao padrão feminino. Para essa conclusão, foi desenvolvido o primeiro relógio epigenético de idade biológica baseado em ovelhas, com previsão de idade cronológica com um erro médio absoluto de 5,1 meses. O processo antienvelhecimento observado foi mediado, em parte, pela remoção de andrógenos. Foram identificados também vários dinucleotídeos CpG andrógeno-sensitivos que se tornaram progressivamente hipometilados com a idade em machos normais, mas que permaneceram estáveis nos machos castrados e nas fêmeas. O mais notável exemplo de metilação do DNA associado com idade e possuindo andrógeno-sensitividade foi detectado no gene MKLN1, ligado com a regulação de longevidade no famoso verme Caenorhabditis elegans, amplamente usado como modelo laboratorial. Essas diferenças sexo-específicas de metilação em tecidos com alta expressão de receptores androgênicos foram também observadas em morcegos e ratos, grupos bem divergentes de mamíferos. 


           É a primeira evidência de que a castração feminiza partes do epigenoma e atrasa o envelhecimento epigenético. O estudo também reforçou que a castração só parece mostrar substancial impacto na longevidade de mamíferos quando é realizada antes da puberdade, suportando a ideia de que os hormônios andrógenos possuem efeitos na fase inicial da vida com deletérias consequências para a sobrevivência. 


    ESTRÓGENOS PROTETORES?

          Ainda falando em hormônios sexuais, temos um último e convincente fator para explicar o "sangue Highlander" das mulheres. Bem, como é óbvio, indivíduos do sexo feminino possuem níveis muito baixos de testosterona, o que por si só reduz prejuízos à saúde, e, em substituição, possuem altos níveis de estrógenos, uma classe dos hormônios sexuais femininos responsáveis pelas características sexuais secundárias das mulheres. Os três principais estrógenos são o estradiol, estriol e a estrona. A estrona apenas exibe maiores níveis quando a mulher se encontra na menopausa. O estriol se eleva durante os períodos de gravidez. O estradiol (ou beta-estradiol), com maior efeito estrogênico, é o estrógeno mais presente ao longo da vida reprodutiva da mulher.

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         As moléculas de estradiol e de estriol funcionam como antioxidantes naturais, combatendo o excesso de radicais livres, estes os quais são espécies moleculares muito reativas e prejudiciais quando em níveis acima do normal. Esses dois hormônios, em termos de estrutura molecular, são muito parecidos com a testosterona, mas menos oxidados. A ausência do grupo carbonila na estrutura molecular confere um estado de menor oxidação a esses estrógenos, além das hidroxilas adicionais facilitarem reações nucleofílicas nessas moléculas (acúmulo maior de densidade eletrônica sobre o oxigênio, aumentando a interação com eletrófilos, como os radicais livres). Em outras palavras, radicais livres preferem atacar o estradiol ou o estriol ao invés de atacarem as células do corpo. Estudos em animais não-humanos já mostraram que quando os hormônios estrógenos são removidos do corpo das fêmeas (uma analogia à castração), estas passam a exibir um maior nível de danos celulares e maior suscetibilidade a doenças.

Os estrógenos funcionam também como antioxidantes no corpo, combatendo o excesso de radicais livres; a testosterona possui maior oxidação devido ao grupo carbonila (vermelho), diferente do estradiol e estriol, os quais possuem, em substituição, um grupo hidroxila (verde) mais reativo, além do estriol possuir um extra em sua molécula.

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> Válido lembrar que os radicais livres e outras moléculas muito reativas - e potencialmente deletérias - são importantes para o funcionamento adequado do nosso organismo, participando de importantes sinalizações moleculares. O problema é o excesso de radicais livres e afins. Fica a sugestão de leitura: O que é o Paradoxo dos Antioxidantes?
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          Os estrógenos naturais no corpo feminino também parecem atuar no sentido de proteger o corpo contra problemas cardiovasculares. As células vermelhas do sangue (hemácias) são as células mais "flexíveis" dos mamíferos e a deformabilidade das hemácias é um fator crucial de viscosidade sanguínea. Hemácias com problemas de deformabilidade são menos capazes de se espremerem através dos capilares e podem causar marginação de plaquetas, aumentando o risco de trombose. O estradiol circulante no corpo feminino durante o período reprodutivo atua reduzindo a agregação de hemácias nos vasos sanguíneos e promovendo maior deformabilidade nas hemácias, portanto reduzindo o risco de trombos e melhorando a função cardiovascular (Ref.19). De fato, durante a menopausa - onde níveis de estradiol caem dramaticamente devido à insuficiência ovariana - o corpo feminino fica mais suscetíveis ao tromboembolismo venoso e a doenças cardiovasculares.

          Em ratos e em humanos, a perda da produção ovariana de hormônios (estrógenos) - através de ovariectomia ou menopausa - está também associada com a aceleração do relógio epigenético, consistente com os efeitos benéficos dos estrógenos em termos de longevidade.

          Nesse último ponto, um estudo publicado no periódico Clinical Endocrinology (Ref.11), analisando 2913 homens com idades de 70 a 89 anos mostrou que quanto maior os níveis de estradiol circulantes no sangue, maior o comprimento do telômero observado nas células-brancas (células de defesa, como os leucócitos). Essa observação se manteve consistente mesmo após a análise de outros co-fatores causativos, como idade cronológica, estilo de vida e condições médicas. O telômero fica localizado no final dos cromossomos e protege o DNA de danos, e  está fortemente associado com a idade biológica dos seres vivos (2). Aliás, homens tendem a ter telômeros mais curtos do que as mulheres, o que pode explicar a menor longevidade masculina e associação desse fenômeno com os hormônios sexuais.


           As evidências acumuladas sobre os hormônios sexuais, portanto, deixam claro que os andrógenos e provavelmente os estrógenos possuem papel importante para explicar porque existe uma significativa diferença biológica de expectativa de vida entre os sexos.

         
   METABOLISMO

          Experimentos laboratoriais com modelos de organismos diversos têm mostrado um papel crucial da dieta e do metabolismo na determinação da longevidade, com expressivas extensões da expectativa de vida observadas ou via restrição alimentar ou via redução da atividade da insulina/IIS e de outros caminhos metabólicos (como a sinalização TOR). Variações genéticas e perfis hormonais diferenciais entre homens e mulheres afetam significativamente os processos metabólicos, o que pode afetar o potencial de longevidade (Ref.15).


> Leitura recomendada: Diferença salarial e o teto invisível: Obstáculos na luta pela igualdade entre homens e mulheres


REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
  1. http://www.karger.com/Article/FullText/381472
  2. http://lkyspp.nus.edu.sg/ips/wp-content/uploads/sites/2/2014/04/Forum_Why-women-live-longer-than-men_280314.pdf
  3. www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301211507000395
  4. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0301211507000395
  5. http://www.bbc.com/future/story/20150928-tall-vs-small-which-is-it-better-to-be
  6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12586217
  7. http://sageke.sciencemag.org/cgi/content/full/2005/23/pe17
  8. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0960982212007129
  9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3969277/
  10. http://www.pnas.org/content/early/2018/01/03/1701535115
  11. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/cen.13918
  12. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10329-019-00755-8
  13. https://www.pnas.org/content/117/15/8546
  14. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3969277/
  15. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1521690X13000821
  16. https://www.nature.com/articles/s41598-021-93360-z
  17. https://www.cmaj.ca/content/193/11/E361
  18. https://elifesciences.org/articles/64932
  19. Farber et al. (2018). Beta-estradiol and ethinylestradiol enhance RBC deformability dependent on their blood concentration. Clinical Hemorheology and Microcirculation, 1–7. https://doi.org/10.3233/ch-180392
  20. Cheng et al. (2023). The X-linked epigenetic regulator UTX controls NK cell-intrinsic sex differences. Nature Immunology. https://doi.org/10.1038/s41590-023-01463-8