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Minoxidil para crescer a barba?


- Atualizado no dia 24 de abril de 2024 -

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           A barba é um dos grandes símbolos históricos de masculinidade. Bem, e não é para menos, já que é uma das principais e óbvias diferenciações faciais naturais [dimorfismo sexual] entre os sexos masculino e feminino. Em algumas culturas, a barba é muito valorizada, como entre os muçulmanos e os judeus, já em outras é menos presente ou pouco valorizada, sendo até encarada como um incômodo por muitos. De qualquer forma, aqui no Brasil e em países como os EUA, está crescendo cada vez mais a apreciação pelas barbas, especialmente aquelas mais cheias. Nesse sentido, nos últimos anos tem se tornado bastante popular o uso tópico de um medicamento chamado minoxidil para ajudar aqueles desprovidos de boa densidade e aspecto capilar satisfatório nas regiões da barba e/ou bigode. 

          Porém, será que esse fármaco é realmente eficaz para esse fim? Existem efeitos colaterais preocupantes? Quais as evidências clínicas?

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   MINOXIDIL E A BARBA

         Já de início, vamos deixar algo bem claro: o minoxidil não possui a finalidade de promover o crescimento de barbas, pelo menos não de forma oficial e regularizada. Portanto, esse medicamento (também conhecido comercialmente pelo nome de Rogaine) não possui dose recomendada, balanço de efeitos colaterais, forma ideal de uso, grau de eficácia, ou qualquer outro tipo de robusta descrição científica. Não existe aprovação do seu uso para crescimento de pelos faciais pelo FDA (Agência de Drogas e Alimentos norte-americana) ou quaisquer outras agências de saúde. Aliás, a bula do minoxidil deixa claro que ele não é para ser usado em outras partes do corpo (Ref.7-8) a não ser no escalpo. Mas, apesar disso tudo, voltamos à pergunta inicial: existe real efeito de crescimento capilar facial com o minoxidil? 

O minoxidil pode ser encontrado sob diferentes nomes, sendo Rogaine sua marca comercial mais conhecida; também pode ser manipulado em farmácias em concentrações comumente de 3% ou 5%

          Como esclarecido no artigo Mitos sobre a calvície, o minoxidil é usado para o tratamento da calvície comum (alopécia androgênica), mostrando-se uma das poucas estratégias farmacológicas relativamente efetivas para o problema. Aliás, é ainda pouco esclarecido o mecanismo - ou mecanismos - de ação desse medicamento no retardamento e reversão do processo de calvície - incluindo significativo recrescimento de uma parcela dos fios de cabelo antes praticamente perdidos. Apesar das suas propriedades vasodilatadoras, incluindo possível abertura do canal de potássio, serem bem estabelecidas, os caminhos para sua influencia no ciclo de crescimento capilar são multifacetados e não inteiramente elucidados.

          Além disso, o minoxidil só funciona de forma significativa para a calvície que ocorre no vértice, sendo inefetivo nos padrões de perda de cabelo na região frontal do escalpo. E a calvície não pode estar muito avançada. No geral, o medicamento exibe diferentes graus de eficácia clínica em cerca de 60% dos homens e a incidência de efeitos colaterais significativos é bem baixa.

          Nesse último caso, um interessante efeito colateral é notado em boa parte das pessoas usando o minoxidil: um maior crescimento de pelos no rosto, especialmente em mulheres (muitas delas já com quadros de hirsutismo - excesso de pelos no corpo). E esse fato, junto à ação do produto contra o progresso da calvície, acabou motivando as pessoas a buscarem o produto para a promoção de crescimento capilar na barba, através de um uso off-label (fora da bula). Em outras palavras, sim, o minoxidil possui a capacidade de promover o crescimento de pelos faciais.

          O efeito colateral de crescimento de pelos na face durante o tratamento para a calvície emerge por dois motivos: o minoxidil penetra na corrente sanguínea e acaba chegando as folículos capilares do rosto, estimulando crescimento capilar facial, ou o produto acaba escorrendo do escalpo para o rosto durante a sua aplicação, produzindo o mesmo efeito. Porém, isso não é observado para todas as pessoas. E isso é algo importante de ser deixado claro. Além disso, para o tratamento de calvície, o minoxidil mostra diferentes graus de eficácia para diferentes pessoas, sendo que em muitas o fármaco nem funciona de forma significativa. E não são todos os padrões e intensidade de calvície que serão desacelerados ou revertidos com o produto. Aliás, lembrando que não sabemos ao certo como o minoxidil age como "tônico capilar". Nesse sentido, você dizer que esse fármaco é "tiro e queda" para uma formidável barba é um tanto que apostar na sorte.


É só usar minoxidil e qualquer um ficará com uma barba dessas? 

          Para começar, a morfologia e ciclos de desenvolvimento dos pelos na barba e no escalpo são bem distintos, incluindo a ação dos andrógenos como agente de sensibilização. Existe, por exemplo, algo conhecido como paradoxo dos andrógenos, onde enquanto os folículos capilares no escalpo sofrem uma ação negativa dos andrógenos durante o quadro de calvície, os pelos da face, membros e peitoral exibem crescimento favorecido por esses hormônios, principalmente pelo DHT (Mitos sobre a calvície). Ou seja, você não pode extrapolar os efeitos de um medicamento usado para uma parte do corpo para o tratamento de outra parte do corpo esperando os mesmos resultados sem existir sólida evidência científica de suporte. E o mesmo vale para efeitos colaterais diversos: a ocorrência deles dependerá de pessoa para pessoa.

Falando em mitos, leitura recomendada: 

          De qualquer forma, apesar do limitado background científico para o uso visando um maior volume ou cobertura de barba, muitos homens usando o minoxidil sob diferentes formas de aplicação reportam bons resultados e satisfação pessoal com o produto. 

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       ESTUDOS CIENTÍFICOS DE SUPORTE

          A literatura acadêmica é bem escassa sobre o uso do minoxidil para melhorar o volume da barba. Basicamente, até o momento, existe apenas um estudo clínico de boa qualidade analisando a questão.       
         O estudo - randomizado, duplo-cego, placebo-controlado (padrão-ouro) - resolveu aferir a eficiência do minoxidil 3% para o crescimento e aumento dos pelos na barba (Ref.1). Publicado no periódico The Journal of Dermatology, em fevereiro de 2016, o estudo utilizou 48 participantes entre as idades de 20 e 60 anos que desejavam ter uma melhora no volume da barba, sendo excluídos aqueles que possuíam desordens capilares ou que estavam utilizando medicamentos para o crescimento capilar nos últimos 6 meses. Parte dos voluntários usaram placebo e parte dos outros usaram o minoxidil 3%, em doses de 0,5 ml, na região do queixo e na linha do maxilar. Dos participantes, 46 completaram o estudo, este o qual durou 16 semanas. Os resultados mostraram que houve uma significativa melhora na contagem dos fios visíveis da barba, mas não no diâmetro desses fios. Participantes, no geral, gostaram dos resultados. Reações adversas reportadas foram leves e estatisticamente pouco diferentes entre os grupos. Os pesquisadores concluíram que a loção 3% de minoxidil é efetiva e segura para a melhora da barba.

          Sobre o estudo, temos que apontar a exclusão de um amplo espectro populacional, já que é grande a prevalência de desordens capilares dentro da população (especialmente calvície comum) e que o número de participantes foi bem baixo (estudo de pequeno porte, reduzindo substancialmente sua qualidade). É bom também destacar que esses resultados "significativos" vão variar bastante de pessoa para pessoa e mesmo um boa eficácia do ponto de vista científico no tratamento pode não significar necessariamente uma barba cheia.

         Ora, se um homem que possuía mínimas quantidades de pelo visível no rosto usar o minoxidil e obter uma quantidade 5 vezes maior deles, terá tido um resultado mais do que 'significativo', mas pode ser que o resultado final ainda fique bem distante do almejado. Cinco vezes mais fios visíveis onde antes não existia quase nada, pode ainda resultar em uma barba bem rareada, especialmente se os fios forem muito finos. E devido à genética e concentração/sensibilização androgênica diferenciada entre os indivíduos, e falta de conhecimento científico referente à biologia dos folículos capilares, fica difícil garantir robusta eficácia do minoxidil para um grande número de pessoas. Por isso é importante a existência acumulada de vários estudos clínicos de qualidade e com grande número de participantes para atestar, de fato, a real eficácia desses produtos, limitações de uso, e o nível de satisfação de diferentes perfis de consumidores.

           E já que foi mencionado novamente os andrógenos, fica aqui outro exemplo. Quem usa esteroides anabolizantes para o fim de ganhar maior massa muscular, estará usando grandes quantidades de andrógenos, esses os quais podem tanto aumentar os riscos de iniciar ou acelerar a calvície naqueles indivíduos predispostos, quanto aumentar o crescimento de pelos em várias partes do corpo, seja homem ou mulher. Por isso se diz que o uso de anabolizantes aumenta bastante os riscos de queda de cabelo pela calvície. Porém, como a questão genética entra com peso nessa história, muitos usando anabolizante podem não desenvolver calvície ou não adquirir uma maior quantidade de pelos visíveis e espessos no corpo. E olha que estamos falando de um poderoso sensibilizador nos ciclos de desenvolvimento dos folículos capilares, ou seja, um andrógeno. 

          Por isso é preciso desconfiar de vendedores garantindo resultados super positivos com o uso de minoxidil sem nem ao menos conhecer o consumidor. Muitas vezes o usuário pode achar que está usando o produto de forma errada, ou que é preciso esperar mais tempo para ver resultados, sendo que, na verdade, fatores genéticos não estão atuando a favor.

          Segundo relatos anedóticos diversos, enquanto alguns indivíduos experienciam melhora substancial no crescimento capilar facial dentro de semanas a meses de uso, outros reportam apenas pequenos progressos mesmo após 2 anos ou mais de uso contínuo.

          De qualquer forma, alguns estudos clínicos e de revisão mais recentes - apesar de limitados - têm também suportado efeitos positivos do minoxidil para o crescimento da barba. Por exemplo, no periódico SAGE Open Medical Case Reports (Ref.14), pesquisadores acompanharam ao longo de >1 ano dois irmãos gêmeos monozigóticos ("idênticos"): um usando minoxidil tópico 5% nas regiões da barba e do bigode e o outro permanecendo sem o uso do medicamento. Após uma ampla queda dos fios nas regiões de aplicação com 3 meses de uso (fenômeno similar ao observado no escalpo no início de uso), houve um significativo maior aumento na contagem e espessura de fios visíveis [bigode e barba] em relação ao gêmeo de controle (figura abaixo).

Em (a), gêmeo tratado com minoxidil após 16 meses de uso diário do produto (1,5 g/dia, 5%). Em (b), gêmeo que não recebeu minoxidil. Todas as fotos foram tiradas no dia e horário após 10 dias de crescimento capilar pós-barbeamento. Leve secura de pele, hipertricose nos ouvidos e na testa, e um aumento na cobertura capilar de outras áreas corporais (peitoral, abdômen, antebraços e pernas) foram notados no gêmeo sob minoxidil tópico. Ref.14

          Outro estudo clínico de pequeno porte recente, publicado no periódico Journal of Endocrinological Investigation (Ref.15), também encontrou efeito positivo do minoxidil tópico (2 ml/dia, 2%) para o crescimento de barba em indivíduos transgêneros do sexo feminino que foram submetidos a terapia hormonal de afirmação de gênero (uso de andrógenos), com melhora já evidente após 3 meses de uso. Os resultados desse estudo corroboram um relato de caso de 2021 (Ref.16), onde uso de minoxidil tópico 5% foi efetivo no crescimento satisfatório de barba em um adolescente transgênero do sexo feminino de 17 anos de idade - pele excessivamente seca foi reportada como único efeito colateral e este aliviado com o uso de hidratante. 

           Importante também alertar sobre potenciais efeitos colaterais do medicamento. O estudo clínico de 2016, por exemplo, mediu a segurança do minoxidil na concentração 3% da solução, o uso de 0,5 ml por dia e durante um tempo de acompanhamento clínico bastante limitado. Muitas pessoas podem estar encharcando o rosto com o produto e utilizando as concentrações maiores, de 5%. O minoxidil é um vasodilatador também, sendo usado como medicamento anti-hipertensivo, e existem vários possíveis efeitos colaterais, como pele seca, anomalias nos padrões cardiovasculares, acne, ganho de peso, irritação na pele, dermatite, entre outros. E é preciso tomar cuidado para o produto não cair nos olhos (lavar as mãos depois de usá-lo). 

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ALERTA: Pais usando minoxidil tópico devem evitar ter contato com bebês ou mesmo interromper o uso do fármaco caso esteja cuidando de um bebê. Bebês possuem uma pele muito mais fina do que os adultos, e, consequentemente, uma maior capacidade de absorver preparações transdermais. Nesse sentido, objetos contaminados com minoxidil ou mesmo o contato da pele tratada com o fármaco de qualquer um dos pais com a pele do bebê podem causar quadros severos de hipertricose (crescimento excessivo de pelos corporais). Um estudo publicado recentemente no periódico Dermatologic Therapy (Ref.10) reportou e descreveu o caso de três bebês saudáveis - duas meninas e um menino (4, 7 e 9 meses de idade) - que desenvolveram um sério quadro de hipertricose em várias partes do corpo (incluindo pernas, braços, rosto e costas), e cujos pais estavam usando formulações tópicas de minoxidil 5-7% para tratar alopécia androgenética. Quando os pais descontinuaram o uso do minoxidil, os quadros de hipertricose se resolveram espontaneamente dentro de 5-6 meses.

> Exposição ao minoxidil, mesmo em baixas quantidades (ex.: lambida da pele onde minoxidil foi aplicado), é muito tóxico para cães e gatos. É preciso cuidado extra durante o uso desse produto em ambientes compartilhados com esses animais. Ref.13
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          Por fim, o uso de minoxidil deve ser feito de forma contínua no caso da calvície comum, ou os ganhos serão todos perdidos. O mesmo, possivelmente, deve se aplicar ao uso na barba. Em outras palavras, se você começou o tratamento e está gostando dos resultados, provavelmente é necessário continuar com ele indefinitivamente, algo que pode desmotivar muitos casos onde efeitos colaterais indesejáveis sejam um problema (!). Por outro lado, estudos clínicos de acompanhamento a longo prazo são necessários para avaliar se os efeitos positivos na barba são mantidos; relatos anedóticos sugerem que esses efeitos podem persistir, talvez devido ao "paradoxo dos andrógenos".

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SOBRANCELHAS:  O minoxidol também tem sido usado para aumentar o volume das sobrancelhas. Em um estudo publicado no final de 2013 no The Journal of Dermatology (Ref.3), 40 pacientes foram aleatoriamente escolhidos para aplicar, durante 16 semanas, minoxidil 2% em uma das sobrancelhas, enquanto a outra recebeu um placebo. Após o período de uso, houve resultados positivos significativamente maiores em 39 dos pacientes relativos a todos os parâmetros, incluindo crescimento e contagem dos fios, no lado que recebeu o produto. Porém, esse 'significativo' é bem relativo e, além disso, todos os pacientes tinham uma desordem genética específica: hipotricose - baixa quantidade de pelos/cabelos no corpo, perda dos mesmos e/ou drástico afinamento e possível perda de pigmentação dos fios. Ou seja, além do estudo trabalhar com uma baixa quantidade de voluntários, não visou a população como um todo.



ATENÇÃO:  NÃO use aspirina junto com minoxidil. Um estudo publicado em 2018 no periódico Dermatologic Therapy (Ref.11), analisando 24 pacientes, mostrou que o uso concomitante de aspirina (ácido acetilsalisílico) parece diminuir substancialmente a eficácia terapêutica do minoxidil, ao reduzir a atividade da enzima sulfotransferase. Nesse mesmo sentido, substâncias que aumentam a atividade da enzima sulfotransferase, como a tretinoína (comum em formulações tópicas para o tratamento de acne) tendem a otimizar a ação do minoxidil e até mesmo induzir resposta ao minoxidil em indivíduos previamente não suscetíveis ao efeito de crescimento capilar do fármaco (Ref.12). 
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   CONCLUSÃO

        Caso você esteja interessado em melhorar a aparência ou o volume da sua barba, pode até ser válido tentar o uso de minoxidil, preferencialmente sob a supervisão de um dermatologista competente e sabendo que os graus de eficácia podem variar muito de pessoa para pessoa. No geral, existem muitos reportes positivos em fóruns e nas redes sociais de pessoas que experimentaram esse medicamento, englobando diferentes níveis de satisfação. Como não existem estudos científicos robustos por trás desse uso específico e nem mesmo aprovação das agências reguladoras para tal (sendo que a própria bula determina o uso apenas no escalpo), é preciso ficar bem alerta quanto às propagandas e promessas enganosas de tônicos para a barba baseados em minoxidil. Esses produtos não são oficialmente aprovados para multiplicar, fortalecer, engrossar ou crescer os pelos da barba. Nunca saía utilizando medicamentos sem a orientação de um profissional de saúde, especialmente se o uso do fármaco fugir dos propósitos previstos.

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Observação: Uma técnica que pode ser usada com alta eficácia para tonificar a barba, ou as sobrancelhas, é a cirurgia de transplante capilar, onde folículos capilares de partes diversas do corpo (ex.: escalpo) são cirurgicamente removidos e implantados na região facial da barba (Ref.8). Como se trata de um procedimento cirúrgico, é sempre bom procurar profissionais e ambientes hospitalares bem qualificados e seguros para realizá-lo.
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> Para mais informações sobre o minoxidil, acesse: Mitos sobre a calvície


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REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
  1. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/1346-8138.13312/abstract
  2. http://www.readcube.com/articles/10.1111/1346-8138.13312
  3. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/1346-8138.12275/full
  4. http://www.nytimes.com/2012/05/31/fashion/oh-to-be-just-another-bearded-face.html
  5. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jeb.12958/full
  6. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ics.12328/full
  7. https://dailymed.nlm.nih.gov/dailymed/archives/fdaDrugInfo.cfm?archiveid=63808
  8. https://dailymed.nlm.nih.gov/dailymed/archives/fdaDrugInfo.cfm?archiveid=66258
  9. https://www.omicsgroup.org/journals/facial-hair-restoration-effective-techniques-for-beard-and-eyebrow-restoration-2167-0951-1000140.php?aid=78110
  10. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/dth.14230
  11. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/dth.12741
  12. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30974011/
  13. Tater et al. (2021). Topical Minoxidil Exposures and Toxicoses in Dogs and Cats: 211 Cases (2001-2019). Journal of American Hospital Association, 57 (5): 225–231. https://doi.org/10.5326/JAAHA-MS-7154
  14. Shokravi et al. (2024). Facial hair enhancement with minoxidil—an off-label use. SAGE Open Medical Case Reports. https://doi.org/10.1177/2050313X241231490
  15. Marinelli et al. (2024). Efficacy of topical minoxidil in enhancing beard growth in a group of transgender assigned female at birth individuals on gender affirming hormone therapy. Journal of Endocrinological Investigation. https://doi.org/10.1007/s40618-024-02373-8
  16. Pang et al. (2021). Case Report: Successful Use of Minoxidil to Promote Facial Hair Growth in an Adolescent Transgender Male. Frontiers in Endocrinology, Volume 12. https://doi.org/10.3389/fendo.2021.725269