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Deuses moralistas foram cruciais para a emergência das grandes civilizações humanas?


- Atualizado no dia 16 de agosto de 2024 -


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         Praticamente todas as religiões modernas possuem uma coisa em comum: Deuses ou leis sobrenaturais que ditam comportamentos morais a serem seguidos e comportamentos transgressores que devem ser punidos. Como mais conhecido exemplo, temos a religião Cristã, onde, em geral, pessoas transgressoras são ameaçadas com o Inferno caso não se arrependam e parem de cometer crimes ou agir contra as normas religiosas estabelecidas, e pessoas benevolentes e comportadas que são agraciadas com a garantia de passagem para o Paraíso. Nesse sentido, será que a emergência desse tipo de religião foi fundamental para a organização e/ou estabilidade de grandes civilizações no passado? Como explicar a civilização Chinesa? E onde os grãos de cereais entram nessa história? 

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   DEUSES MORALISTAS

          Muitos acadêmicos e estudos antropológicos defendem a ideia de que os Deuses moralistas foram necessários para a construção e estabilidade de sociedades de larga escala, uma sugestão frequentemente conhecida como a 'Hipótese dos Grandes Deuses' ou MGH (moralizing high gods), a qual também é englobada pela BSP  (broad supernatural punishment, na tradução "ampla punição sobrenatural") a qual é uma hipótese mais ampla que inclui leis morais sobrenaturais sem personificação divina.

          Entidades sobrenaturais moralistas parecem ser raras na história humana. Antropólogos sabem - a partir de análises etnográficas - que os Deuses de sociedades de caçadores-coletoras (sociedades muito pequenas e primitivas), por exemplo, não se preocupam muito com humanos, muito menos com comportamentos ditos morais. Muitas das divindades emergentes de sociedades primitivas se preocupam mais com os fenômenos da Natureza e em punir quem as afrontam diretamente (por exemplo, falha em realizar sacrifícios ou observar taboos), mas raramente essas divindades puniam violações morais em interações entre humanos.
   
          Nos últimos milênios, no entanto, houve um aumento e disseminação de várias religiões pró-sociais, as quais incluem poderosos Deuses moralistas (como o Deus Abraâmico) ou entidades sobrenaturais não-personificadas que punem transgressões morais (como o karma no Budismo).

           Nesse sentido, as hipótese BSP - a partir de princípios de comportamento pró-social atrelados a certas religiões - vêm para explicar especificamente um misterioso fenômeno ocorrido na humanidade no pós-Neolítico.

            Desde que a agricultura tornou-se uma importante fonte de alimentos dentro das sociedades humanas de várias regiões do mundo, especialmente na Ásia e na Europa, uma escalada extraordinária de cooperação humana e complexidade nas relações sociais emergiu entre os grupos da nossa espécie (Homo sapiens). A partir daí, civilizações gigantescas foram construídas, impérios formados e, posteriormente, países emergiram. Nenhum modelo ecológico de evolução consegue explicar toda a dimensão desse processo (!).

         Frequentemente, no meio selvagem, pequenas populações de seres mais complexos (como mamíferos) tendem a ser extremamente agressivas, mesmo pertencendo à mesma espécie e estando na mesma área de ocupação. Até próximo do período que abrange o surgimento da agricultura, isso também era verdade para os humanos modernos, os quais não conseguiam unir os seus pequenos grupos. Neandertais (Homo neanderthalensis) (1) sofreram ainda mais com isso, e talvez seja essa a principal causa de extinção dos nossos parentes evolutivos mais próximos. Existem algumas explicações para elucidarem tal processo, porém nenhuma é conclusiva. E uma das mais debatidas hoje explora o papel de Deuses moralistas na união entre os povos que compartilham as mesmas crenças.


            O surgimento das religiões que prezam pelo acolhimento/respeito ao próximo do mesmo grupo e que defendem a existência de entidades divinas (Deuses moralistas) que estão olhando para baixo, condenando os pecados e desvirtuamentos (ideia de punição divina), também explodiram nessa mesma época e eventualmente tomaram controle do cenário cultural. Portanto, através da disseminação dessas crenças pelos grupos próximos em uma mesma área, teria sido possível unir os humanos relacionados pela mesma religião, sob a supervisão imparcial de um alegado ser ou norma superior sobrenatural. Assim, impulsionados pela expectativa de uma boa vida após a morte e recompensas por bom comportamento entre os semelhantes de uma mesma crença, os grupos começaram a se unir em grandes povos e, assim, teria sido possível construir gigantescas e complexas sociedades. Quanto mais pessoas cooperando por acreditarem que estão sendo vigiadas pelas divindades ou que estão vinculadas a leis sobrenaturais, mais a sociedade cresce. Essa é a ideia central da hipótese BSP.




          Até mesmo na poderosa sociedade Viking (750-1050 d.C.) (2), onde os Deuses Nórdicos não se importavam muito com as ações morais entre humanos, existem evidências arqueológicas suficientes mostrando que os povos Escandinavos nessa época acreditavam que entidades sobrenaturais estavam monitorando as pessoas em alguns contextos, com essas últimas podendo ser punidas por certas transgressões (Ref.6). Deuses como Odin e Thor, apesar de poderosos e capazes de se comunicarem com os vivos e os mortos, agiam de forma imoral em alguns contextos e de forma moral em outros, como, por exemplo, ajudando a reforçar juramentos de lealdade entre os humanos (ações pró-sociais). Porém, como não eram percebidos como onipresentes, imortais (3), criadores únicos do Cosmo e inexoravelmente morais pelos povos Escandinavos, isso desfavorece a classificação deles como 'Grandes Deuses' (4). Nesse sentido, a alta complexidade sócio-política dos Vikings que emergiu rapidamente a partir de numerosos pequenos grupos tribais que dominavam a Escandinávia antes do século V d.C.  pode ter sido fomentada pela mais ampla hipótese BSP. Aliás, a presença não muito consistente da interferência de crenças sobrenaturais moralistas entre os Vikings pode explicar em parte porque esses notórios exploradores marítimos sucumbiram em relativo pouco tempo e abriram espaço para a entrada do Cristianismo na cultura Nórdica.

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(4) É relevante mencionar que Odin, na prática, pode ser considerado um deus funcionalmente onisciente, pelo fato dele empregar um exército de corvos para observar as pessoas onde quer que estejam. Além disso, Odin frequentemente se disfarçava na forma de estranhos procurando hospitalidade (nesse sentido, os Nórdicos desconfiavam sempre da sua presença em qualquer lugar), o que pode configurar uma onipresença funcional. É argumentado, nesse sentido, que Odin pode talvez ser considerado um Grande Deus (Ref.9). Forças cósmicas impessoais também manifestam características de um Grande Deus, como o carma.
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          Claro, distintas crenças sobrenaturais entre os povos acabaram fomentando inúmeras guerras, mas essa situação é ainda um cenário muito melhor quando comparamos milhares de pequenos grupos humanos morando lado a lado e duelando até a morte. Com grandes sociedades sendo organizadas e autocontroladas pela crença em divindades moralistas, temos agora gigantescos povos duelando uns contra os outros, mas com melhores chances de muito mais pessoas sobreviverem por estarem unidas em massivos grupos. E essa união também acaba promovendo enormes avanços no desenvolvimento de novas tecnologias.

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   EMERGÊNCIA OU ESTABILIZAÇÃO?

          Um estudo publicado em 2019 na Nature (Ref.7) testou a hipótese BSP a partir de um grande banco de dados históricos chamado de Seshat (em homenagem à antiga Deusa Egípcia da sabedoria). O Seshat contém informações sobre os tamanhos, governos, forças militares, religiões e economias de centenas de sociedades dos últimos 10 mil anos. Isso torna possível uma análise comparativa das sociedades humanas ao longo da pré-história e história.

          No estudo, os pesquisadores analisaram 414 sociedades de 30 regiões ao redor do mundo, desde o início do Neolítico até a Revolução Industrial. Eles classificaram cada sociedade de acordo com 51 medidas de complexidade social, incluindo quantas pessoas pertenciam a cada grupo social e se elas possuíam liderança hierárquica. Além disso, os pesquisadores buscaram determinar se cada sociedade acreditava em um Deus (ou Deuses) moralista ou em uma lei sobrenatural que reforça valores como justiça e lealdade.

         Os resultados do estudo mostraram que, de fato, sociedades de larga-escala tendiam a possuir entidades sobrenaturais moralistas, e já pequenas sociedades não. Mas os pesquisadores também encontraram que essas entidades moralistas consistentemente apareceram depois que uma dada sociedade tinha já alcançado um grande tamanho e complexidade.

          A primeira aparição de entidades sobrenaturais moralistas apontada pelos pesquisadores apareceu no Egito, onde o conceito de imposição sobrenatural do Maat (ordem) é atestado pela Segunda Dinastia, há cerca de 2800 a.C. Isso foi seguido pelas emergências esporádicas de religiões locais através da Eurásia (Mesopotâmia, ao redor de 2200 a.C.), Anatólia (ao redor de 1500 a.C.) e na China (ao redor de 1000 a.C.) antes da ampla disseminação de religiões transnacionais durante o primeiro milênio a.C., com o Zoroastrianismo e Budismo, seguidos mais tarde pelo Cristianismo e pelo Islamismo. Na Roma Antiga, acredita-se que Deuses começaram a punir quebras de promessa entre humanos ao redor de 500 a.C., bem antes da chegada do Cristianismo. Zeus, por exemplo, zela pelos juramentos e pelo repeito devido aos hóspedes. Porém, na maior parte das regiões do globo analisadas pelo novo estudo, os Deuses moralistas emergiram em torno de 100 anos após megasociedades terem se estabelecidos, como fruto de transição de rituais religiosos prévios.


          Isso significa que parte da hipótese BSP pode estar errada, já que essas divindades e leis sobrenaturais moralistas não ajudaram as sociedades humanas no crescimento explosivo inicial no pós-Neolítico. Segundo o autor principal do estudo, Patrick Savage, da Universidade de Keio, em Fujisawa, Japão, os resultados sugerem que participar de rituais religiosos - os quais tendem a aparecer à medida que a complexidade social aumenta - pode ser mais importante do que acreditar em Deuses ou outras entidades sobrenaturais moralistas para primeiro promover a cooperação ao facilitar a padronização de crenças e tradições ao longo de grandes populações, e assim estabelecer um identidade comum. Ainda segundo Savage, uma vez que as sociedades alcançam cerca de 1 milhão de membros - ou algo nesse nível populacional -, entidades sobrenaturais moralistas parecem vir para estabilizar a cooperação entre pessoas que podem ter diferentes linguagens, etnias ou background cultural. Em outras palavras, forças sobrenaturais moralistas não são pré-requisito para a evolução de complexidade social, mas eles ajudam a sustentar e expandir impérios complexos e multi-étnico após eles terem se estabelecido.

          No entanto, outros especialistas em antropologia e psicologia evolutiva (Ref.8) estão ainda com um pé atrás em relação ao novo estudo e suas conclusões. Eles apontam, por exemplo, que os dados do Seshat, apesar de extensos, são limitados em alguns aspectos. Para exemplificar, evidências escritas ou arqueológicas apontando para Deuses e forças sobrenaturais moralistas provavelmente emergiram bem depois na crença neles ter se iniciado, o que torna os dados do Seshat atrelados a uma significativa margem de incerteza.


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   CIVILIZAÇÃO CHINESA

          A China é uma das maiores, mais resilientes e mais antigas civilizações no planeta, porém, é também um lugar com ausência de uma rica tradição na crença em Grandes Deuses ou monitoramento sobrenatural. É argumentado que Grandes Deuses na história da China se envolveram pouco em atividades que unificavam pessoas sob uma autoridade espiritual. Nesse sentido, uma hipótese defendida para explicar taxas extremamente altas de cooperação e pró-socialidade na sociedade Chinesa (pelo menos dentro da maioria étnica Han) é apelidada de "Grandes Governantes". Nessa hipótese, populações antigas e medievais na China foram unidas em uma escala cada vez crescente por grandes e poderosos governos que ascenderam ao poder desde muito cedo no processo civilizatório, produzindo grande influência sobre os indivíduos e comunidades (similar aos agentes sobrenaturais).

          Um estudo publicado em 2021 no periódico Religion, Brain & Behavior (Ref.9), analisou os mais influentes textos históricos da China e encontrou diferentes classes de agentes sobrenaturais (Grandes Deuses, divindades, reis sábios, ancestrais e imperadores) associadas com cinco funções sociais (punição, recompensa, moralidade, cognição e religião). Enquanto Grandes Deuses tinham significativa associação com essas cinco funções sociais, os outros agentes sobrenaturais tinham associações ainda mais fortes dependendo da função social. Por exemplo, Imperadores tinham significativa maior associação com punição e recompensa do que Grandes Deuses; Divindades e Ancestrais tinham mais forte associação com religião e cognição do que Grandes Deuses. Grandes Deuses Chineses considerados pelos autores no estudo incluíram Shangdi, Di e Tian (os três representando em diferentes períodos o "Grande Deus Céu"). Os resultados do estudo suportaram uma teoria de punição sobrenatural mais ampla para a promoção de cooperação e pró-socialidade intra-grupo na história da civilização Chinesa, incluindo a influência semi-sobrenatural de reais figuras humanas de alto poder (ex.: imperadores). 

            Nesse último ponto, os resultados também podem suportar a hipótese dos Grandes Governantes, na forma dos Imperadores. De fato, Imperadores mostraram estar mais associados às categorias de punição, recompensa e moralidade do que os Grandes Deuses Chineses, e talvez representando uma influência muito mais importante para a origem e manutenção da evolução cultural e crescimento da civilização Chinesa.


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   (!) CEREAIS E CIVILIZAÇÃO

            É importante destacar, neste ponto, que os agentes sobrenaturais podem ajudar a explicar o estabelecimento e/ou estabilidade das grandes civilizações, mas não é o único fator explicando o processo civilizatório. O desenvolvimento da agricultura é provavelmente o principal fator de catalisou e permitiu esse processo.   

          Seguindo a Revolução Neolítica - a transição dos humanos modernos (H. sapiens) de caçadores-coletores para a prática agrícola sedentária - complexas sociedades hierárquicas emergiram, levando eventualmente à ascensão de Estados suportados por impostos. A teoria prevalente hoje explicando esse processo traça sua origem até o filósofo e economista Britânico Adam Smith (1723-1790) e outros acadêmicos prévios. Na teoria da produtividade, é defendido que após a adoção da agricultura, complexas hierarquias sociais emergiram como resultado do aumento da produção de alimento. Em particular, a alta produtividade agrícola gerou um excedente (alimento em excesso relativo às necessidades de subsistência dos agricultores), o qual foi um pré-requisito para a ascensão de uma elite que taxava os agricultores e suportava burocratas, tropas militares e outros especialistas que não engajavam diretamente na produção alimentar. De acordo com essa teoria, diferenças regionais na produtividade da terra explicam disparidades regionais no desenvolvimento de estados e hierarquias. Estados suportados por impostos atuaram de forma crucial no desenvolvimento econômico das regiões de controle, ao fornecerem proteção, lei e ordem, eventualmente permitindo industrialização e aumento exponencial de uma população cada vez mais coesa e estável.

           Porém, essa transição não ocorreu em todos as regiões do mundo (especialmente nos trópicos). Mesmo com a adoção da agricultura e desenvolvimento de alta produtividade agrícola (gerando excedente alimentar), complexas hierarquias não necessariamente emergiram como resposta.

         Nesse sentido, um estudo recente publicado no periódico Journal of Political Economy (Ref.10) argumentou que foi a adoção em específico do plantio de cereais que engatilhou o processo de hierarquização e de ascensão de complexas sociedades. Os pesquisadores, após analisarem um robusto acumulado de dados históricos e simularem cenários diversos, primeiro apontaram que uma característica comum de muitas regiões onde complexas hierarquias não emergiram após a adoção da agricultura é a adoção de cultivares englobando principalmente raízes e tubérculos, como batata e mandioca, e com pouca ênfase no cultivo de cereais (milho, arroz, trigo, cevada, etc.). Mesmo áreas muito mais produtivas do que regiões com o estabelecimento de complexas chefaturas e estados não experienciaram os mesmos desenvolvimentos políticos quando tubérculos eram disponíveis e produtivos.

          Grãos de cerais podem ser armazenados e, devido ao fato deles serem colhidos sazonalmente, eles precisam ser armazenados para que estejam disponíveis ao longo de todo o ano para a subsistência das famílias produtoras. Segundo os autores do novo estudo, a relativa facilidade de confiscar cereais armazenados, a alta densidade de energia calórica, e a alta durabilidade, otimizam a apropriabilidade dos cereais, portanto facilitando a emergência de elites suportadas por impostos e fomentando maior produtividade agrícola (e mais excedente) para equilibrar os confiscos sistemáticos (incluindo avanços em novas técnicas de agricultura). Raízes e tubérculos, em contraste, são tipicamente pereniais (produzindo por quase todo o ano) e não precisam ser colhidos em períodos particulares, porém, quando colhidos, são muito perecíveis, representando uma mercadoria (ou moeda) de troca com menos valor e alcance.

          O estudo concluiu que hierarquização foi fomentada ao longo da história apenas onde o clima e a geografia favoreceram cereais. Quanto maior a produtividade de cereais em detrimento de tubérculos, maior a probabilidade da emergência de complexas hierarquias.

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> É interessante mencionar uma hipótese que defende a cerveja como promotora do sedentarismo humano e estabelecimento da agricultura. Leitura recomendada: Evidência de consumo de cerveja há 9 mil anos no sul da China: Hipótese da Cerveja? 
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    CONCLUSÃO

          Deuses e leis sobrenaturais moralistas - desde Zeus até Ahura Mazda e Jesus Cristo - de fato estão associados com civilizações de grande complexidade social, mas é incerto se o robusto crescimento social dessas sociedades precedeu ou sucedeu a emergência dessas entidades sobrenaturais moralistas. Certeza temos que a agricultura foi essencial no processo civilizatório. De qualquer forma, seja para fomentar seja para estabilizar, o atual estado de desenvolvimento da sociedade humana parece dever significativa parte da sua complexa estruturação ao temor sistemático do sobrenatural.         

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> Existe também evidência de que a crença em Deuses benevolentes e protetores inspira a tomada de decisões arriscadas pelos humanos, potencialmente facilitando iniciativas que podem trazer grandes benefícios e inovações socioculturais, econômicas e tecnológicas. Portanto, Deuses punitivos mas também protetores podem [especulação] trazer efeitos sinérgicos pró-ordem e pró-inovadores, contribuindo para avanços civilizatórios. Ref.12

>  No ideário popular, boas ações estão consistentemente e mais fortemente associadas a pessoas religiosas do que pessoas ateístas, potencialmente reforçando a noção de que religiões ajudam a promover comportamentos pró-sociais. Esse viés psicológico, por outro lado, pode fomentar atitudes negativas e preconceito contra o ateísmo. Ref.13
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REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
  1. Turchin et al. (2013). War, space, and the evolution of Old World complex societies. PNAS, 110 (41) 16384-16389. https://doi.org/10.1073/pnas.130882511
  2. Norenzayan et al. (2024). The cultural evolution of prosocial religions. Behavioral and Brain Sciences, 39:e1. https://doi.org/10.1017/S0140525X14001356
  3. http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs12110-002-1012-7
  4. link.springer.com/article/10.1007%2Fs12110-005-1017-0
  5. http://www.nature.com/nature/journal/vaop/ncurrent/full/nature16980.html
  6. https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/2153599X.2017.1395764
  7. https://www.nature.com/articles/s41586-019-1043-4
  8. https://www.sciencemag.org/news/2019/03/did-judgmental-gods-help-societies-grow
  9. Nichols et al. (2020). Supernatural agents and prosociality in historical China: micro-modeling the cultural evolution of gods and morality in textual corpora. Religion, Brain & Behavior, 1–19. https://doi.org/10.1080/2153599X.2020.1742778
  10. Mayshar et al. (2022). "The Origin of the State: Land Productivity or Appropriability?" Journal of Political Economy, Volume 130, Number 4. http://dx.doi.org/10.1086/718372
  11. White et al. (2024). "Do reminders of God increase willingness to take risks?" Journal of Experimental Social Psychology, Volume 110, 104539. https://doi.org/10.1016/j.jesp.2023.104539
  12. Dayer et al. (2024). Intuitive moral bias favors the religiously faithful. Scientific Reports 14, 18291. https://doi.org/10.1038/s41598-024-67960-4