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O que são as Impressoras 3D?

                                   


          A estereolitografia, também conhecida como impressão 3D, é uma das tecnologias mais utilizadas na prototipagem rápida. Esta técnica consiste na fabricação, em camadas, de protótipos através da polimerização, ou cura, de resinas fotossensíveis por um feixe de laser. Para a criação destes modelos em 3D a máquina de processamento é guiada por um computador, onde os comandos dados são fornecidos com base em desenhos gráficos tridimensionais projetados por um programa específico, sendo o CAD um exemplo bem comum. Os benefícios são óbvios: com um modelo perfeito em mãos, testes completos podem ser executados antes mesmo do produto real ser fabricado. E, hoje, a gama de usos para estes modelos 3D são inúmeras.

             
                                                    Exemplo de funcionamento das impressoras 3D

           Dentre os diversos fatores que contribuem para a obtenção de objetos com qualidade, a composição da resina pode ser considerada um dos principais. Sendo assim, o conhecimento da composição, da cinética de cura da resina e do processo de decomposição desta, permite estimar o comportamento de peças, ferramentas e modelos de estereolitografia sob condições de trabalho. O desenvolvimento de resinas e outros materiais que possam ser curados por laser é essencial para o aperfeiçoamento das criações feitas nos programas de impressão 3D. Esta técnica não é recente, e desde 1987 já é utilizada por empresas de grande porte, mas vem se popularizando hoje, principalmente por causa da diminuição dos custos dos equipamentos, sendo possível encontrar estas máquinas de impressão em muito lares, para uso pessoal. E os modelos não precisam ser de uma cor específica, pois você pode programar a máquina para colorir automaticamente a peça projetada!

Pensou em um objeto bacana? É só dar um clique no seu projeto!
                                     
            O potencial desta técnica é enorme, principalmente quando ela sai das indústrias e vai para as casas. Está querendo um ´action-figure´ do seu herói preferido, mas não consegue achar um do seu gosto em lojas? Não tem problema. É só projetá-lo no computador e mandar a impressora 3D dar conta do resto. Seu chinelo arrebentou e não tem mais conserto? Que tal fazer um novo, com um polímero muito mais resistente? Perdeu uma peça única de coleção? Tendo uma figura tridimensional dela, é possível trazê-la para o seu mundo novamente. Como eu disse, as possibilidades são infinitas. E, mais recente ainda, os hospitais estão aderindo, alegremente, à essa tecnologia. Com a precisão de um robô, peças imitando partes perdidas do corpo de um paciente podem ser feitas com extrema perfeição e milhares de operações já foram feitas com sucesso, desde reconstituição craniana até próteses dentárias. O bom dessa técnica, no caso médico, é que as partes projetadas são feitas de maneira personalizada, encaixando-se perfeitamente no indivíduo.

Partes corporais para próteses e estudos medicinais impressas em 3D
                                         
              Mas, para toda maravilha, existem os revés colaterais. Parece fácil: eu quero um objeto, terei um objeto. Porém, se você não programar a impressora direito, desastres irão ocorrer, e isto é, infelizmente, muito mais comum do que as boas execuções. Com um profissional operando, será difícil acontecer um erro grande, mas se você comprou uma máquina dessas e começou a trabalhar nela, os resultados iniciais podem não ser os mais convidativos. É preciso tempo e técnica para dominar a esteliografia. E também existe outro problema, só que bem mais grave: é óbvio que com a possibilidade de criar cópias perfeitas de objetos, os olhos de criminosos são atraídos.

            Entre os atos criminosos feitos com essa tecnologia, está a aquisição de armas de fogo sem passar pelo sistema legal de compras. A venda de diversas armas completas exige toda uma burocracia, mas muitas vezes isso é devido ao rastreamento de peças específicas (número de série) pela polícia na montagem total das mesmas. Se um indivíduo comprar várias peças de livre venda de uma arma de fogo e deixar para produzir a peça rastreada na impressora 3D, ele terá uma arma legal e ao mesmo tempo ilegal, e o pior: será um artefato fantasma, longe do radar de fiscalização. Ou, mais trágico ainda, é possível produzir uma arma inteira funcional com as instruções certas. Em 2014, um homem no Japão tornou-se a primeira pessoa do mundo a ser presa por fazer armas de fogo completa por impressão 3D. Na casa dele, os policiais acharam duas armas, entre algumas encontradas, que disparavam reais disparos! Ser capaz de produzir uma arma de fogo em um quarto qualquer, no conforto do lar, é assustador. O vídeo abaixo mostra bem qual é a dimensão desse problema:

            
                                      Uso da impressão 3D na fabricação de peças de armas de fogo 
 
            Aqui no Brasil, a tecnologia é conhecida por poucos, ficando mais confinada no setor industrial. Por causa dos alto custos impostos aqui, as empresas não ficam empolgadas em facilitar a difusão do produto para uso pessoal nas nossas terras. Caso exista o interesse, o jeito menos custoso é importar, principalmente dos EUA, onde essa tecnologia já é uma moda. Existem várias empresas no país vendendo os aparelhos domésticos,mas com preços bem altos, considerando uma qualidade compatível com os modelos lá fora. No futuro, com certeza,a impressão 3D será tão comum quanto fazer um café e tão importante quanto um atendimento médico. A hora do brasileiro ainda vai chegar.