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Cintura fina e bunda grande é realmente o melhor?

    


        Estudos feitos pela Universidade da Califórnia (1), desde 2013, parecem desbancar o dogma de que a gordura abdominal, a famosa pança, é o pior tipo de acúmulo de gordura no corpo (2).

         É bem estabelecido no meio científico que a gordura na cintura, por causa das suas características anatômicas únicas de deposição, é a maior contribuidora para o surgimento de inflamações no corpo, hipertensão e resistência à insulina. De acordo com essa nova pesquisa, a gordura acumulada nos glúteos, podendo englobar a da coxa, parece ser tão danosa quanto a abdominal. Aquele teste medindo a razão entre a cintura e quadris (RCQ), portanto, pode não ser tão confiável assim.

Dependendo da quantidade de gordura acumulada nos quadris, esse teste não teria utilidade


          Dessa forma, as mulheres com bundas enormes (por causa de um grande acúmulo de gordura) e cintura fina poderiam estar sendo tão prejudicadas quanto aquelas com barriga grande e nádegas menos salientes. E caso o acúmulo seja nas duas partes, o grande efeito negativo pode estar sendo somado. E está sendo enfatizado aqui o grupo das mulheres, porque elas, devidos aos seus hormônios estrógenos, tendem a acumular bastante gordura nos quadris e menos na cintura, ao contrário dos homens. Mas o aviso é para ambos os sexos.

          De qualquer forma, todo grande acúmulo adiposo no corpo é prejudicial e deve ser evitado com mudanças na dieta (o foco principal) e prática regular de exercícios físicos. Apesar disso, é também preciso lembrar que esse estudo na Califórnia é uma exceção, e a maioria majoritária dos estudos ainda defende que a circunferência abdominal e razão entre ela e o quadril são marcadores muito melhores para predizerem riscos associados à obesidade (2).

(1) Referência científica: http://press.endocrine.org/doi/abs/10.1210/jc.2012-3673

(2) Referências científicas:
  • http://content.onlinejacc.org/article.aspx?articleid=2510363
  • http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.418.302&rep=rep1&type=pdf
  • http://eurheartj.oxfordjournals.org/content/28/7/850.short
  • http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2796.2003.01229.x/full
  • http://heart.bmj.com/content/early/2014/06/24/heartjnl-2014-305816.short