Os danos das câmaras de bronzeamento
Máquinas de bronzeamento artificial já são, agora, tratadas como produtos nocivos à saúde no mundo inteiro, sendo obrigatório a exposição dos riscos aos clientes (estilo caixa de cigarros). Estes equipamentos são potentes catalisadores de cânceres na pele, mas poucas pessoas levam este fato a sério.
O que você pode contrair com as câmaras: câncer de pele |
O bronzeamento artificial opera utilizando duas fontes de radiação, o UVA e o UVB (ambos na faixa do ultravioleta). Eles são os mesmo encontrados na luz solar e responsáveis pelo bronzeamento nas praias, estando em maiores quantidades entre 10 da manhã e 2 da tarde (por isso a recomendação dos dermatologistas em evitar o sol neste intervalo do dia). A exposição a esses dois comprimentos de onda causam danos ao DNA, favorecendo o aparecimento de tumores. O bronzeamento artificial foi criado inicialmente para tratar pacientes com deficiência em Vitamina D, condição a qual leva à osteoporose e outras enfermidades (Cor da pele e Vitamina D). Mas depois de várias pesquisas, descobriu-se que a suplementação com Vitamina D é até mais efetiva. A máquina de radiação UV acabou então atraindo cada vez mais pessoas por motivos estéticos, virando uma nova sensação de moda.
Essas perigosas câmaras foram proibidas de uso, por lei, no Brasil |
No Brasil e em certas partes da Austrália, a prática foi completamente banida. Mas não é difícil, claro, encontrar clínicas irresponsáveis oferecendo o serviço no nosso país, mesmo sendo ilegal desde 2009. Essa medida foi extremamente necessária porque, além dos danos infligidos pelas câmaras de bronzeamento, temos um território banhado, em abundância, pelo Sol (assim como grande parte da Austrália), somando ainda mais riscos à pele. Fique atento e denuncie caso um terceiro ofereça o serviço. Em países onde o Sol não é tão abundante, como na Europa e diversas partes dos EUA, esse é um negócio bilionário, e será difícil uma intervenção radical. Existem sprays de bronzeamento que descartam o uso do UV, dando à pele um aspecto de bronze. Eles contêm dihidróxiacetona (DHA), substância que reage com a pele produzindo a cor característica, cuja duração varia entre 3 a 7 dias. É uma prática crescente na Europa, mas estudos ainda estão sendo levantados para atestar a segurança destes produtos. À primeira vista, são inofensivos e podem ser uma boa alternativa aos danosos raios UV.
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Resolução da ANVISA sobre o banimento do bronzeamento artificial no Brasil: Anvisa
OBS.: Embora a radiação ultravioleta seja o fator mais preocupante no desenvolvimento de um melanoma, outros fatores também podem possuir um papel conjunto ou individual no surgimento desse tipo de câncer. Em outras palavras, um indivíduo pode desenvolver um melanoma mesmo nunca se expondo ao Sol. Referência científica: Nature
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