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Homem de 68 anos com hérnia inguinal extrema


Um homem de 68 anos de idade com disúria e aumento da frequência urinária apresentou-se ao hospital com três semanas de fraqueza e febre. Uma examinação física revelou que o paciente possuía caquexia (fraqueza extrema, perda de peso e atrofia muscular que não podem ser revertidas simplesmente com o consumo de mais calorias e sendo causadas por uma condição crônica de saúde) e uma hérnia inguinal muito grande e do lado direito que vinha crescendo por mais de oito anos (Foto A).

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Hérnia inguinal: Hérnia é a saída de um órgão, através de um a abertura, congênita ou
adquirida, da parede em torno da cavidade que o contém. A hérnia inguinal em específico é a protrusão de uma alça do intestino através de um orifício que se formou na parede abdominal na região da virilha (abertura miofacial dos músculos oblíquo e transversal, permitindo a herniação de órgãos intra-abdominais e extraperitoneais). As hérnias inguinais são mais frequentes nos homens do que nas mulheres, na proporção de 3:1. As evidências acumuladas até o momento indicam que as causas da hérnia inguinal são tanto congênitas quanto adquiridas (fatores ambientais). Acredita-se também que um aumento na pressão abdominal, como visto em indivíduos obesos, com tosse crônica, com constipação crônica e no levantamento frequente de pesos muito massivos representam um fator extra e importante de risco. O reparo de uma hérnia inguinal é uma operação extremamente comum ao redor do mundo, com mais de 800 mil procedimentos do tipo sendo realizados anualmente.
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Uma tomografia computadorizada no paciente revelou um intestino não-obstruído dentro do saco da hérnia (Imagem B, indicado pelas setas). Uma infecção no trato urinário também foi diagnosticada, e o paciente recebeu um curso de levofloxacina. Dado o tamanho da hérnia, o reparo cirúrgico teria envolvido múltiplas sequências de procedimentos com um alto risco de morte intra-operativa. Nesse sentido, o paciente recusou a intervenção cirúrgica.


O caso foi reportado em 2006 no periódico The New England Journal of Medicine.

Publicação do reporte: NEJM

Referência adicional: NCBI (Bookshelf)