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Maconha é eficaz no tratamento do autismo?


- Atualizado no dia 1 de outubro de 2020 -

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           No começo de 2019, uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo - inédita nessa instância - garantiu autorização para uma mãe plantar maconha em casa visando o tratamento de autismo para a sua filha de 6 anos (Ref.1). Após ter sido denunciada por cultivar a planta e responder a inquérito policial por isso, a servidora pública Ângela, de 39 anos, agora pode continuar produzindo o óleo de extrato de canabidiol para tratar a filha. Até o momento, o tratamento trouxe significativas evoluções positivas na comunicação e interação social, melhora no padrão de sono, diminuição dos episódios de agressividade, maior rendimento acadêmico, e resolução de sinais sugestivos de crise de ausência, tremores e espasmos musculares. Ângela realiza todo o tratamento sob supervisão de médicos e pedagogos, incluindo um psiquiatra.

          Mas quais as evidências científicas de suporte para o uso medicinal da maconha para o tratamento do autismo? Existem riscos de efeitos adversos? A maconha ajuda a curar ou apenas alivia os sintomas?

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   AUTISMO E SISTEMA ENDOCANABINOIDE

          O autismo é distribuído em um espectro de quadros clínicos denominado Transtorno do Espectro Autista (TEA). De forma geral, a TEA é caracterizada por uma falha no desenvolvimento neurológico, a qual engloba sintomas como uma maior dificuldade de interação social, verbal e não-verbal, além de descrever também comportamentos repetitivos e restritivos (ser impassivo em mudanças de ações, por exemplo). Sua gravidade varia muito e, normalmente, os sinais começam a surgir antes dos 2 anos de idade e precisam ser evidentes até os 3 anos para caracterizar o autismo. Os sintomas podem ir evoluindo gradualmente durante a vida do indivíduo, ter um declínio após certo momento na vida ou até mesmo regredir totalmente em casos bem raros.

          Além das anomalias comportamentais, o espectro do autismo possui um número de co-morbidades prevalentes, como transtornos de sono, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, e epilepsia. E, infelizmente, cerca de 40% das crianças com autismo e comportamentos disruptivos (violência, auto-inflição, explosões de raiva) não respondem bem aos tratamentos medicamentosos e comportamentais tradicionais.

           É estimado que mais de 67 milhões de pessoas possuem autismo ao redor do mundo, sendo cerca de 2 milhões presentes no Brasil. As causas do autismo não são muito bem esclarecidas, mas compreende fatores genéticos e epigenéticos/ambientais (1). E entre as causas genéticas, uma está relacionada com o crucial sistema endocanabinoide presente no cérebro.


          Em 2013, pesquisadores da Escola de Medicina da Univesidade de Stanford, EUA, reportaram no periódico Neuron (Ref.2) mutações encontradas em indivíduos com autismo que bloqueavam a ação de moléculas produzidas no cérebro que agem sobre os mesmos receptores que os componentes ativos da maconha agem. Essas moléculas, chamadas de endocannabinoides, são reguladores críticos da atividade neuronal normal e são importantes para várias funções cerebrais.


          O estudo, conduzido em ratos, evidenciou que a proteína neuroligina-3 - cujo gene associado possui mutações em alguns indivíduos com autismo - é importante para a transmissão de sinais endocannabinoides que suavizam a comunicação entre neurônios. Quando os pesquisadores introduziram diferentes mutações associadas ao autismo no gene responsável pela neuroligina-3 nos ratos analisados, essa sinalização era bloqueada e a excitabilidade geral no cérebro era alterada.

          Os resultados do estudo, portanto, indicaram que alterações na sinalização endocannabinoide podem contribuir para a patofisiologia do autismo e que interferências nessa sinalização possuem o potencial de ajudar a reverter os sintomas do problema. Essa era a primeira evidência de que o uso da maconha e de seus fitocanabinoides poderiam auxiliar no tratamento do autismo.



          Estudos posteriores mostraram que mutações no gene FMRI, associadas à síndrome do X frágil (FXS) e ao autismo (cerca de 40% dos portadores da FXS expressam características autísticas), podem causar disfunções no metabolismo do endocanabinoide 2-AG. Expressões alteradas dos receptores canabinoides CB1 e CB2 também mostraram estar ligados à emergência do autismo. E alterações no sistema endocanabinoide têm sido exaustivamente demonstradas em modelos animais para o espectro de autismo.

          Em 2018, um estudo publicado no periódico Molecular Autism (Ref.4) mostrou que a concentração plasmática do endocanabinoide AEA em crianças com autismo tendiam a ser significativamente menores do que em crianças saudáveis sem autismo. Já outro publicado no mesmo ano e no mesmo periódico (Ref.5) também mostrou menores níveis de AEA, e de dois compostos endógenos relacionados ao AEA e a o 2-AG - N-palmitoiletanolamina (PEA) e N-oleoiletanolamina (OEA) - em crianças com autismo.

          De fato, o sistema endocanabinoide está envolvido em quatro características fenotípicas conhecidas de serem atípicas no autismo: resposta a recompensas sociais, desenvolvimento neural, ritmo circadiano e sintomas relacionados à ansiedade. Um déficit na teoria da mente e na empatia tem sido comumente sugerida de basear comportamentos sociais atípicos em indivíduos com autismo, e que parte desse déficit emerge de déficits no funcionamento do sistema de recompensas. O sistema endocanabinoide, e em particular o canabidiol - componente canabinoide presente na maconha - é conhecido de mediar ansiedade e fenótipos relacionados.

          Como o sistema endocanabinoide possui crucial participação em várias doenças e condições de saúde humana do sistema nervoso central, outros transtornos psiquiátricos, neurodegenerativos e neuro-inflamatórios podem ou não se beneficiar da utilização de componentes ativos da maconha, como a esquizofrenia e o Parkinson. 

          De fato, uma revisão sistemática publicada em janeiro de 2020 no periódico Journal of Cannabis Research (Ref.18) encontrou que existe importante evidência para o uso de CBD e de nabiximol (extrato inteiro da planta Cannabis sativa L. purificado para uma razão 1:1 de CBD e de THC) visando o alívio de sintomas psicóticos e de falhas cognitivas em pacientes com uma variedade de condições neurológicas: boa evidência para a esquizofrenia, ansiedade social, autismo e TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), e baixa-moderada evidência para o tratamento da insônia, ansiedade, transtorno bipolar, trastorno do estresse pós-traumático e síndrome de Tourette. Essas evidências validam explorações científicas mais robustas nesse campo.

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   MACONHA E AUTISMO

          Maconha, cannabis, ou marijuana, é o termo genérico para descrever uma complexa série de plantas do gênero Cannabis, entre as quais existem 2 principais que contém cerca de 400 diferentes compostos orgânicos farmacologicamente ativos, com mais de 60 deles referidos como fitocanabinoideds. Os fitocanabinoides atuam no corpo humano de forma similar aos endocanabinoides e por isso representam forte potencial terapêutico para casos de autismo. O THC (delta-9-tetrahidrocanabinol) e o canabidiol (CBD) são os principais fitocanabinoides de interesse medicinal.



          O THC é conhecido de ser o principal composto psicoativo da maconha, e atua ativando os receptores CB1 no sistema nervoso central. No entanto, esse mesmo mecanismo limita seu uso devido aos significativos efeitos adversos (intoxicação, paranoia, etc.). Por causa disso, a atenção se volta para o fitocanabinoide com fraca atuação nos receptores CB1 e CB2, o CBD. Várias atividades farmacológicas do CBD possuem um alto potencial para uso terapêutico, junto ou não ao THC. Inclusive o primeiro medicamento derivado da cannabis e aprovado pelo FDA em 2018 - Epidiolex (uso oral) - é a base de CBD (1), e visa o tratamento de epilepsia em crianças. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA), o canabidiol é "geralmente bem tolerado e com um bom perfil de segurança, e estudos não têm identificado quaisquer efeitos colaterais significativos."


          No caso do autismo, muitos pacientes já vem experimentando o uso de extratos da maconha para o alívio de sintomas diversos associados com o problema, e com aparente boa taxa de sucesso, segurança e tolerância. Reportes diversos indicam melhoras comportamentais, comunicativas e de humor, menor frequência de ansiedade, agonia e depressão, e uma melhora na qualidade de vida em geral. O tratamento na maioria dos casos utiliza óleos da maconha contendo 30% de CBD e 1,5% de THC.

          Um estudo publicado em 2018 na Frontiers in Pharmacology (Ref.6), analisando 53 pacientes (4-22 anos de idade) com autismo tratados com maconha medicinal durante 30-588 dias, mostrou uma melhora em 67,6% e uma piora em 8,8% dos pacientes em termos de ataques de raiva e auto-inflição de danos. Sintomas de hiperatividade melhoram em 68,4% dos pacientes, não mudaram em 28,9%, e pioraram em 2,6%. Problemas de sono melhoraram em 71,4% dos pacientes e pioraram em 4,7%. Ansiedade melhorou em 47,1% e piorou em 23,5%. Efeitos adversos reportados englobaram, na maioria, sonolência e mudanças no apetite, mas em um grau não preocupante.

          Outro estudo publicado em 2018 no Journal of Autism and Developmental Disorders (Ref.7) acompanhou 60 crianças e adolescentes (5-18 anos de idade) com autismo recebendo diferentes razões de CBD:THC (até 6:1 e dose máxima de CBD de 5 mg/kg/dia). O estudo englobou um máximo de 6 meses de tratamento e todos os pacientes apresentavam problemas comportamentais severos. Cerca de 61% dos pacientes mostraram uma acentuada ou boa melhora. Efeitos adversos incluíram distúrbios de sono (14%) irritabilidade (9%) e perda de apetite (9%). Uma garota que usou concentrações maiores de THC apresentou um sério evento transiente de psicose e precisou de tratamento urgente com um anti-psicótico. Os autores do estudo estão agora conduzindo um teste clínico randomizado duplo-cego com controle (placebo) para analisar os efeitos de de extrato CBD:THC 20:1 em 120 pacientes (Ref.8).

          Já um estudo publicado na Scientific Reports em fevereiro de 2019 (Ref.9) acompanhou 188 pacientes (12-18 anos de ) tratados com maconha medicinal entre 2015 e 2017. Após 6 meses de tratamento, 82,4% dos pacientes (155) persistiram no tratamento e 60% (93) foram analisados; 28 pacientes (30,1%) reportaram melhoras significativas, 50 (53,7%) reportaram uma moderada melhora, e 6 (6,4%) não tiveram observáveis mudanças no quadro clínico. Vinte e três pacientes (25,2%) experienciaram pelo menos um efeito colateral adverso, o mais comum sendo agitação (6,6%).

          Em um caso isolado mais recente na África do Sul, pesquisadores reportaram que o tratamento de um paciente de 15 anos com autismo - incluindo sérios problemas de socialização e comunicativos -  e com um quadro controlado de epilepsia via administração duas vezes ao dia de baixas doses de fitocanabinoides (4 mg de CBD e 0,2 mg de THC) resultou em marcantes melhoras dos sintomas autísticos e maior qualidade de vida para toda a família (Ref.14). Significativos efeitos positivos começaram a ser observados a partir de 6 meses de tratamento, incluindo também melhora na ansiedade, sono desregulado, e no ganho de massa corporal.

          Apesar de existir um explícito papel da maconha de interferência no sistema endocanabinoide do paciente autista que explica boa parte dos efeitos terapêuticos observados, outros mecanismos farmacológicos podem estar também envolvidos, como a ação através dos neurotransmissores oxitocina e vasopressina, importantes moduladores de comportamentos sociais. Um estudo publicado no periódico Journal of Psychophamacology (Ref.15) mostrou que a administração de 600 mg de canabidiol - em comparação com placebo - altera regiões do cérebro associadas à conectividade funcional (FC) e à amplitude fracionária de flutações de baixa frequência (fALFF), consistentemente implicadas no espectro do autismo.

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   A MACONHA É A CURA DO AUTISMO?

          Não. O que os extratos enriquecidos com CBD estão mostrando é uma melhora em sintomas do autismo, porém nem todos os pacientes respondem bem ao tratamento - sendo que alguns mostram uma piora. Além disso, não existe dosagem otimamente eficaz, segura e tolerável, não existe uma lista de contra-indicações, não se sabe o impacto do tratamento a longo prazo, e ainda não existem estudos de boa qualidade nessa área concluídos (duplos-cegos randomizados com grupos de controle). Aliás, não existe nem mesmo revisões sistemáticas e meta-análises avaliando a questão. Existe grande potencial terapêutico, porém estudos de alta qualidade e de grande porte são necessários para evidências mais convincentes e protocolos otimizados de tratamento (Ref.16-17).

          Muitos veículos de mídia sensacionalistas e defensores mais fanáticos da maconha - incluindo interessados na venda de produtos extraídos dessa droga, os quais movimentam em torno de US$4 bilhões anualmente - estão noticiando a planta como a "cura do autismo", um "verdadeiro milagre" e reportando anedoticamente inúmeros resultados "inacreditáveis" com seu uso - e os quais não podem ser verificados. Frequentemente também afirmam que os óleos extraídos são completamente seguros, livres de efeitos adversos e que funcionam bem em qualquer paciente com autismo. Isso tem fomentado inúmeras famílias a comprarem óleos e outros produtos baseados em canabidiol para o tratamento de filhos e outros familiares com autismo. Muitos inclusive estão plantando maconha na própria casa e administrando seus extratos sem supervisão de um profissional de saúde competente, ignorando o balanço entre riscos e benefícios.

          Para começar, o único medicamento de CBD aprovado pelo FDA (Agência de Drogas e Alimentos dos EUA) é o já mencionado Epidiolex, o qual é indicado para o tratamento de ataques epiléticos associados com as síndromes Lennox-Gastaut e Dravet. Como foi mostrado, ainda existem estudos insuficientes e de baixa qualidade para a recomendação de protocolos de tratamento e de medicamentos realmente seguros e eficazes baseados em maconha para o autismo. Vários produtos baseados em canabidiol ofertados no mercado - legal ou ilegal - não possuem controle de qualidade padrão e o FDA já apontou muitos que não possuem a concentração de CBD indicada na embalagem ou junto ao vendedor, trazendo quantidades perigosas de THC. Concentrações maiores de THC e menores de CBD podem levar a trágicas consequências para a criança com autismo, incluindo sérios ataques psicóticos.

          A maconha está longe de ser uma droga segura, principalmente devido à presença de THC, e deve ser sempre encarada como um medicamento, não como um 'suco natural'. Seus fitocanabinoides agem no crucial sistema endocanabinoide, responsável por regular praticamente tudo no corpo, especialmente no sistema nervoso. Efeitos adversos dessa droga a curto prazo incluem prejuízos à memória, na coordenação motora, julgamento alterado, paranoia e psicose; a longo prazo pode levar ao vício, alteração no desenvolvimento cerebral (especialmente de crianças e de adolescentes), danos cognitivos, baixo desempenho acadêmico, e aumento de riscos no desenvolvimento de transtornos crônicos psicótico-relacionados, incluindo esquizofrenia e depressão. O fumo da maconha pode trazer ainda mais consequências adversas, incluindo bronquite crônica, problemas cardiovasculares e potencialmente cânceres (1).


          Caso for usar os óleos enriquecidos com CBD para tratar uma criança com autismo, busque orientação médica. Não fique brincando de testar doses e concentrações, ou comprando produtos duvidosos pela internet. Existem muitas medicinas alternativas e sem eficácia que acabam sendo acolhidas pelos pais para o tratamento do autismo em detrimento das vias tradicionais - como a terapia hiperbárica de oxigênio, ervas medicinais diversas ou a administração intravenosa de secretina - e que podem trazer sérios prejuízos.

          As causas para o espectro do autismo são multifatoriais, com o sistema endocanabinoide sendo apenas mais um componente do problema. Apenas o tratamento com a maconha medicinal pode não ser suficiente ou mesmo minimamente efetivo dependendo de paciente para paciente, e, como já visto, pode trazer uma piora em alguns casos. Por isso a importância do acompanhamento médico.

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   USO MEDICINAL NÃO É RECREATIVO

          Como já discutido em detalhes  no artigo Fumo da maconha: lobo sob pele de cordeiro, o pessoal geralmente usa os potenciais benefícios da maconha medicinal para afirmar que a droga é totalmente segura, natural e saudável, independentemente da forma de uso e absorção (fumo, vaporizador, alimentos). Isso, obviamente, é distorcido. É o mesmo que dizer que um medicamento tarja preta é saudável e que pode ser usado para "relaxar e se divertir" porque é terapêutico para certas doenças e transtornos. Nos debates de legalização dessa droga, o uso medicinal (sob orientação médica e com dosagens controladas para o estrito tratamento de problemas de saúde, idealmente na forma de medicamentos aprovados por agências reguladoras) e científico não pode ser confundido com o uso recreativo e indiscriminado.

          Citando o autismo, as evidências sugerem que os níveis de certos endocanabinoides são mais baixos em crianças com autismo, além de outros componentes do sistema endocanabinoide estarem desregulados ou não-funcionais. Assim, a administração extra de canabinoides exógenos, como os fitocanabinoides da maconha, vem para suprir um déficit bioquímico no sistema nervoso. Agora, se você administrar canabinoides exógenos em alguém já com o sistema nervoso saudável, você potencialmente vai estar apenas desregulando o sistema endocanabinoide com um excesso de canabinoides. 

          A legalização para o uso recreativo precisa estar associada a pesadas campanhas de conscientização, alertando para os riscos ligados ao consumo da maconha. Por causa da forte alienação, cada vez mais grávidas estão usando maconha, pessoas ignoram que não devem dirigir sob o efeito dessa droga e adolescentes estão começando seu uso cada vez mais cedo, trazendo graves riscos para o desenvolvimento cerebral. 
       

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   CONCLUSÃO

          Por atuar no sistema endocanabinoide, o uso medicinal da maconha possui o potencial para auxiliar no tratamento de várias doenças, incluindo o autismo, e têm demonstrado promissores resultados em estudos clínicos. Porém, o uso terapêutico dessa droga precisa ser realizado sob orientação médica, e com acompanhamento profissional contínuo do progresso do paciente. Estudos reportando boa eficácia terapêutica de óleos enriquecidos com CBD para o alívio de sintomas associados ao autismo existem, mas ainda são de baixa-moderada qualidade e deixam claro que a maconha medicinal não funciona para todos os pacientes, traz efeitos adversos de diferentes graus de gravidade e pode piorar o estado do paciente em alguns casos. Doses bem mais baixas de fitocanabinoides do que aquelas comumente sendo usadas podem ter melhor potencial terapêutico e sem possíveis efeitos adversos preocupantes. Trabalhos científicos mais robustos nesse campo de estudo são necessários.



REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
  1. https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2019/02/mae-de-menina-com-autismo-obtem-autorizacao-para-plantar-maconha-em-casa.shtml
  2. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0896627313002250
  3. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4604173/
  4. https://molecularautism.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13229-018-0203-y
  5. https://molecularautism.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13229-019-0256-6
  6. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6333745/
  7. https://link.springer.com/article/10.1007/s10803-018-3808-2
  8. http://n.neurology.org/content/90/15_Supplement/P3.318.abstract
  9. https://www.nature.com/articles/s41598-018-37570-y
  10. https://www.ingentaconnect.com/contentone/ben/cdm/2018/00000019/00000005/art00011
  11. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5312634/
  12. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0278584618304445
  13. https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/2333794X18815412
  14. https://jmedicalcasereports.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13256-020-02478-7
  15. https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/0269881119858306
  16. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0278584618304445
  17. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1071909120300449
  18. https://link.springer.com/article/10.1186/s42238-019-0012-y