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Mariposas sem vício por lâmpadas?



         Um estudo recente, feito pelo pesquisador de Biologia Evolutiva Florian Altermatt, em parceria com o pesquisador Dieter Ebert, na Universidade de Basel, mostrou claras evidências de um processo evolucionário afetando mariposas urbanas.

          Todas as noites, inúmeros desses insetos morrem de forme e desgaste por serem atraídos e ficarem interagindo com as luzes artificiais das cidades (lâmpadas, neons, etc.). Para ver se existiam mariposas resistentes a esse comportamento na cidade, ambos os cientistas pegaram 728 larvas de mariposas urbanas e 320 larvas de mariposas rurais, cuidaram delas até se transformarem em mariposas adultas e, então, liberaram elas em um quarto escuro com a presença de uma lâmpada fluorescente. Das mariposas rurais, quase todas voaram para a lâmpada, mas apenas cerca de dois terços das mariposas urbanas voaram até a luz artificial, sendo que o resto permaneceu bem afastada dela.

           Ainda é um estudo preliminar, mas é certo que muitas mariposas resistentes à luz podem ter sido selecionadas nas cidades, dando origem a novas variações de espécie. Pode ser que, no futuro, com cada vez mais iluminação urbana, não testemunhemos mais mariposas, e outros insetos noturnos, batendo a cara em lâmpadas. Porém, isso pode ser péssimo, ao invés de uma eficiente medida de sobrevivência. Evitando as áreas muito iluminadas, essas mariposas poderiam cobrir menos flores noturnas (prejudicando a reprodução dessas) e terem sua própria taxa de acasalamento diminuída, por existir redução na probabilidade de encontro entre machos e fêmeas. E isso só piora com a expansão urbana cada vez crescente.

Fonte de referência: Scientific American

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