Por que o braço fica dormente?
Provavelmente, todos já devem ter passado por isso. Na hora de acordar, um grande susto emerge quando percebemos que nosso braço está todo esquisito, com sensações de formigamento, leves fincadas de agulha, perda de tato, dificuldade de movimentação, entre outras peculiares sensações. Aí começamos a bombear sangue com as mãos para ele começar a voltar ao normal, ou esperamos um pouco, e logo o susto passa.
Em termos médicos, esse fenômeno é chamado de 'parestesia', e pode afetar diversas regiões do corpo, mas envolvendo com maior frequência os dedos, mãos, braços, pernas e pés são. Parestesia é a perda parcial ou total de sensações em uma ou mais partes do corpo - a qual pode ser temporária ou permanente -, dificultando ou impossibilitando sensações como leves toques, dor ou mesmo variações de temperatura. As causas para essa condição são várias, inclusive associadas com alguma doença mais séria ou apenas representar um evento isolado e passageiro. Nesse último cenário, as principais causas são o corte de suprimento de sangue para os tecidos, pressão sobre algum nervo ou devido a uma imobilização prolongada de algum membro.
De forma genérica, a parestesia um sinal de que um nervo está irritado e enviando sinais extras e caóticos. Quando o tráfego entre as células nervosas está normal, os impulsos elétricos ao longo dos nervos correm ao longo do caminho ligando a medula espinhal aos membros, carregando informações nervosas que são então encaminhadas para o cérebro. Mas se, por exemplo, pressão constante é colocada sobre um nervo, ocorre um congestionamento nesse caminho de impulsos elétricos, levando frequentemente a uma perda de sensações (dormência).
Quando o nervo é espremido, o mesmo ocorre com as artérias que fornecem sangue ao nervo. O nervo não consegue trabalhar por muito tempo ou de forma lógica sem constante e estável suprimento de oxigênio e de glicose. Qualquer coisa que interfere com a habilidade do nervo de enviar sinais ou que reduz o suprimento de sangue ao nervo leva à dormência. Quando o bloqueio é removido, as células nervosas começam a "acordar" e a enviar sinais nervosos novamente. Nesse processo, a pessoa pode experienciar uma desconfortável sensação de agulhas e formigamentos, isso porque o sistema nervoso tende a se tornar hiperativo à medida que os nervos reganham a função normal e as estruturas nervosas, enquanto se recuperam, tendem a ficar irritáveis por um período de tempo.
Apesar de parecer algo muito danoso aos tecidos afetados, a parestesia ocasional e de curta duração, causada tipicamente por má postura, não representa significativa preocupação médica. Existem outras formas de parestesia mais intensas, espontâneas e recorrentes - relacionadas com doenças neurais ou lesões em nervos - que são realmente preocupantes por sinalizarem sérias enfermidades ou acidentes (!). Mas quando o fenômeno é causado por uma postura inadequada, geralmente é de natureza benigna. E, normalmente, quando a dormência é prolongada durante o sono, por exemplo, você acaba sendo forçado a acordar para o fluxo de sangue voltar ao normal ou para a pressão sobre o nervo afetado ser cessada.
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(!) São muitas as possíveis causas para uma parestesia frequente, persistente ou crônica. Deficiência no complexo da vitamina B; níveis anormais de cálcio, potássio e sódio no corpo; má circulação sanguínea; lesões nervosas; pressão sobre os nervos devido à alguma deformação fisiológica (hérnia de disco, por exemplo, pode comprimir ou lesionar um nervo, e, se for no pescoço irá afetar os braços, se for nas costas irá afetar as pernas); síndrome do túnel do carpo; esclerose múltipla; diabetes (neuropatia diabética); manifestação local de envenenamento por cobra (Ref.7); derrame; doença crônica renal; fibromialgia; enxaqueca; entre outras.
A parestesia que normalmente ocorre durante o sono é frequentemente devido à diminuição do fornecimento de sangue para alguma parte do corpo por causa do pressionamento de vasos sanguíneos durante uma má postura na hora de dormir ou durante possíveis movimentos involuntários durante o sono. E, como já citado, pode ocorrer também quando existe, nesse mesmo cenário, uma contínua pressão sobre nervos do membro afetado. Em outras palavras, você dorme em cima do braço, por exemplo, e pode pressionar vasos e/ou nervos. Por isso também parestesia é comum quando em indivíduos em cadeiras de roda e durante uma longa cruzada de pernas.
Massagear o membro afetado ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo e a recuperação dos nervos afetados pela parestesia. Às vezes, a aplicação de uma compressa de gelo ou de uma compressa quente na área afetada por 15 minutos pode também ajudar - mas é preciso cuidado para não danificar a pele nesse processo, já que a região dormente não irá perceber se algo em contato direto está muito quente ou muito frio.
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Massagear o membro afetado ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo e a recuperação dos nervos afetados pela parestesia. Às vezes, a aplicação de uma compressa de gelo ou de uma compressa quente na área afetada por 15 minutos pode também ajudar - mas é preciso cuidado para não danificar a pele nesse processo, já que a região dormente não irá perceber se algo em contato direto está muito quente ou muito frio.
Apesar de parecer algo muito danoso aos tecidos afetados, a parestesia ocasional e de curta duração, causada tipicamente por má postura, não representa significativa preocupação médica. Existem outras formas de parestesia mais intensas, espontâneas e recorrentes - relacionadas com doenças neurais ou lesões em nervos - que são realmente preocupantes por sinalizarem sérias enfermidades ou acidentes (!). Mas quando o fenômeno é causado por uma postura inadequada, geralmente é de natureza benigna. E, normalmente, quando a dormência é prolongada durante o sono, por exemplo, você acaba sendo forçado a acordar para o fluxo de sangue voltar ao normal ou para a pressão sobre o nervo afetado ser cessada.
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(!) São muitas as possíveis causas para uma parestesia frequente, persistente ou crônica. Deficiência no complexo da vitamina B; níveis anormais de cálcio, potássio e sódio no corpo; má circulação sanguínea; lesões nervosas; pressão sobre os nervos devido à alguma deformação fisiológica (hérnia de disco, por exemplo, pode comprimir ou lesionar um nervo, e, se for no pescoço irá afetar os braços, se for nas costas irá afetar as pernas); síndrome do túnel do carpo; esclerose múltipla; diabetes (neuropatia diabética); manifestação local de envenenamento por cobra (Ref.7); derrame; doença crônica renal; fibromialgia; enxaqueca; entre outras.
Nesse sentido, é recomendado buscar atendimento de emergência quando a dormência é acompanhando subitamente desses sintomas (Ref.8):
- fraqueza ou paralisia
- confusão
- dificuldade de falar
- tontura
- uma súbita e severa dor de cabeça
É também recomendado procurar um atendimento médico quando a dormência persiste por um longo período de tempo, se não for causada por má postura e se existem outros sintomas concomitantes como:
- tontura
- espasmos musculares
- vermelhidão
- piora da condição na perna durante caminhada
- maior frequência urinária
- em caso de lesões recentes, especialmente nas costas, pescoço e cabeça
- confusão
- fala arrastada
- distúrbio na visão
- sensação de fraqueza
- sensações dolorosas
- perda de controle da bexiga ou das funções intestinais
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Artigo relacionado: O que é a aterrorizante Paralisia do Sono?
REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
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Artigo relacionado: O que é a aterrorizante Paralisia do Sono?
REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
- http://www.ninds.nih.gov/disorders/paresthesia/paresthesia.htm
- http://scienceline.org/2008/11/ask-hadhazy-arm-falls-asleep/
- http://www.chiro.org/ChiroZine/FULL/Paresthesias.shtml
- http://www.jad-journal.com/article/S0165-0327%2807%2900101-2/abstract
- http://mpkb.org/home/symptoms/neurological/paresthesia
- https://medlineplus.gov/ency/article/003206.htm
- Faro et al. (2020). Envenenamento por Crotalus durissus marajoensis em Muaná, Ilha de Marajó, estado do Pará, Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, Vol. 11, e202000177. http://dx.doi.org/10.5123/s2176-6223202000177
- https://www.healthdirect.gov.au/limb-numbness
- https://www.urmc.rochester.edu/encyclopedia/content.aspx
