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Gravidez e infecção alimentar


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         Mulheres grávidas são muito mais propensas a adquirir uma infecção alimentar do que as não-grávidas. Uma das principais preocupações é com a bactéria da espécie Listeria monocytogenes, onde as grávidas possuem uma chance 10 vezes maior de serem infectadas com esse patógeno. Cerca de 1 em cada 6 casos de infecção com a  L. monocytogenes ocorrem durante a gravidez, e 1 em cada 5 infectados acabam morrendo. Apesar de raros, os casos de infecção com essa bactéria são a terceira maior causa de morte entre as intoxicações alimentares.

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        Portanto, para evitar contaminações desnecessárias, alguns passos simples podem ser tomados para proteger a alimentação das grávidas, e também do resto da população. Vamos enumerar:

1. Lavar bem as mãos com água e sabão sempre que for preparar a comida ou comer;

2. Não compartilhe garfos, copos ou comida com crianças pequenas. A saliva delas podem conter vírus e bactérias perigosos para as grávidas, já que as crianças estão sempre colocando coisas na boca, especialmente as mãos sujas (muitas vezes com suas próprias fezes e urinas). E, claro, sempre lavar as mãos quando estiver lidando com elas.

3. Cozinhe ou frite bem as carnes , para ter certeza de matar todas as bactérias e outros parasitas. Nunca consuma nada de origem animal cru ou mal passado.

4. Evite consumir lacticínios (leite, queijo, etc.) que não tenham passado por um processo de pasteurização. Bactérias perigosas podem estar ali, especialmente para as grávidas. Se for consumir um leite saído direto da vaca, ou qualquer outro mamífero, ferva-o bem antes de bebê-lo.

5. Nunca consumir ovos crus ou com gema mole ("mal passados"). A bactéria Salmonella é fatal e pode estar presente no ovo sem demonstrar qualquer sinal físico no mesmo.

6. Evite alimentos industrializados que passaram da validade ou que apresentem um estufamento em suas embalagens (o estufamento significa que bactérias ali dentro estão se proliferando, liberando gases produzidos pelo seu metabolismo).

7. Comer fora é sempre um risco, porque nunca se sabe como a comida foi preparada. No caso das grávidas, o melhor a se fazer é sempre procurar comer dentro de casa, com uma comida caseira e nutritiva. Se for comer fora, pesquise bem o estabelecimento e certifique-se se o mesmo apresenta um selo de aprovação da vigilância sanitária.

8. Não confie naquela famosa regra dos '2 ou 3 segundos' quando um alimento cai no chão (ou seja, pegá-lo rapidamente quando, acidentalmente, o mesmo cai no chão). Caiu no chão, jogue fora. Não se arrisque à toa. Só tente salvar, no máximo, a parte que não tocou o chão, caso seja possível aproveitá-la.

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        Para concluir, é sempre importante que as grávidas estejam cientes de que o uso do cigarro e o consumo de bebidas alcoólicas, mesmo em baixos níveis, podem trazer sérios danos ao feto. Se você for fumante, tente evitar o hábito com a ajuda de tratamentos como o uso de chicletes de nicotina. O mesmo vale para o alcoolismo. O ideal é o consumo zero de ambas as drogas durante a gravidez. Até mesmo pequenas quantidades de álcool (etanol) - consumo leve restrito a festas e outras ocasiões especiais - pode representar um sério risco para o desenvolvimento do feto.


Artigo complementar: Dieta de Gravidez

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REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
  1. http://www.cdc.gov/pregnancy/infections.html
  2. https://www.nlm.nih.gov/medlineplus/infectionsandpregnancy.html
  3. http://www.foodsafety.gov/risk/pregnant/
  4. http://www.fda.gov/Food/ResourcesForYou/HealthEducators/ucm083320.htm