Comer menos para viver mais?
Animais de laboratório vivem muito mais quando possuem uma dieta com pouco alimento
em relação ao que eles comeriam se tivessem comida em abundância. Isso já é sabido há vários
anos recentes. Mas por quê?
Isso seria uma ideia contra-evolutiva se pensarmos através da lógica momentânea. Bem
alimentado, o organismo trabalharia muito melhor, dando vantagens competitivas aos animais.
Viver mais em períodos de fome foi uma ferramenta desenvolvida com qual propósito?
Pesquisadores propuseram uma teoria bastante válida. Quando o animal está em época
de vacas magras, o corpo para de preocupar-se com a reprodução( a qual gasta bastante energia
em todo o seu processo) e começa a utilizar os nutrientes disponíveis para o reparo e reciclagem
de células. Estes dois processos parecem ser agentes antienvelhecimento e anticancerígenos,
permitindo que o animal viva mais. E para quê? Para depois, com abundância de alimento e
consequente fertilidade saudável, ele possa voltar a reproduzir-se e prosperar a espécie.
O problema desta teoria é que os animais de estudo estão em cativeiros, seguros das
adversidades de um ambiente selvagem. Passar mais fome, deixaria os animais mais debilitados,
psicologicamente frágeis, com menor imunidade, e, portanto, alvos fáceis de predadores e diversos
outras situações de morte inevitável. E isto não seria nada bom para a reprodução. Então uma
correção feita por uma pesquisadora apareceu para colocar mais sentido na questão.
A reciclagem e reparação das células teria seu foco também na reprodução, permitindo,
no caso de muita fome, que tais processos deem uma maior longevidade e atividade reprodutiva
simultaneamente. Ou seja, o corpo do animal assume alguns riscos ao desviar os recursos
para as vias reprodutivas, mas garante descendentes durante o período de crise. Quando
a oferta de alimento é razoável, e dentro de limites, o tempo de vida seria muito maior
do que o habitual, desde que a reciclagem e reparação estivessem presentes.
Mas mesmo esta última correção na teoria possui um grande problema. O custo energético da
reprodução em organismos como as aves e os mamíferos é muito alto, e a fome mataria o animal
se houvesse qualquer tipo de foco na mesma. Em moscas e outros animais, cuja a reprodução
demanda pouco investimento, faria mais sentido, somando ainda suas vidas curtas características.
Experimentos futuros irão tentar emular um ambiente mais natural para definir o que
realmente é determinante nesta questão de sobrevivência.
De qualquer forma, a lógica é válida para os humanos também. E já que somos uma espécie
que não precisa se preocupar mais com os perigos diários de uma vida selvagem, a estratégia de
comer menos garante só benefícios. E lembrando:se você estiver pensando em mudar sua dieta é
comer menos, e não pobremente.
Isso seria uma ideia contra-evolutiva se pensarmos através da lógica momentânea. Bem
alimentado, o organismo trabalharia muito melhor, dando vantagens competitivas aos animais.
Viver mais em períodos de fome foi uma ferramenta desenvolvida com qual propósito?
Pesquisadores propuseram uma teoria bastante válida. Quando o animal está em época
de vacas magras, o corpo para de preocupar-se com a reprodução( a qual gasta bastante energia
em todo o seu processo) e começa a utilizar os nutrientes disponíveis para o reparo e reciclagem
de células. Estes dois processos parecem ser agentes antienvelhecimento e anticancerígenos,
permitindo que o animal viva mais. E para quê? Para depois, com abundância de alimento e
consequente fertilidade saudável, ele possa voltar a reproduzir-se e prosperar a espécie.
O problema desta teoria é que os animais de estudo estão em cativeiros, seguros das
adversidades de um ambiente selvagem. Passar mais fome, deixaria os animais mais debilitados,
psicologicamente frágeis, com menor imunidade, e, portanto, alvos fáceis de predadores e diversos
outras situações de morte inevitável. E isto não seria nada bom para a reprodução. Então uma
correção feita por uma pesquisadora apareceu para colocar mais sentido na questão.
A reciclagem e reparação das células teria seu foco também na reprodução, permitindo,
no caso de muita fome, que tais processos deem uma maior longevidade e atividade reprodutiva
simultaneamente. Ou seja, o corpo do animal assume alguns riscos ao desviar os recursos
para as vias reprodutivas, mas garante descendentes durante o período de crise. Quando
a oferta de alimento é razoável, e dentro de limites, o tempo de vida seria muito maior
do que o habitual, desde que a reciclagem e reparação estivessem presentes.
Mas mesmo esta última correção na teoria possui um grande problema. O custo energético da
reprodução em organismos como as aves e os mamíferos é muito alto, e a fome mataria o animal
se houvesse qualquer tipo de foco na mesma. Em moscas e outros animais, cuja a reprodução
demanda pouco investimento, faria mais sentido, somando ainda suas vidas curtas características.
Experimentos futuros irão tentar emular um ambiente mais natural para definir o que
realmente é determinante nesta questão de sobrevivência.
De qualquer forma, a lógica é válida para os humanos também. E já que somos uma espécie
que não precisa se preocupar mais com os perigos diários de uma vida selvagem, a estratégia de
comer menos garante só benefícios. E lembrando:se você estiver pensando em mudar sua dieta é
comer menos, e não pobremente.