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Mulher de 55 anos de idade com afeto pseudobulbar

Uma paciente de 55 anos de idade, casada e com um histórico de hipertensão e diabetes tipo 2, recentemente experienciou uma lesão na cabeça a partir de um acidente de carro. A lesão foi seguida por uma amnésia pós-traumática por 22 dias e necessitou de cirurgia para um hematoma epidural e então 3 meses sob cuidado agudo e 3 semanas de reabilitação.

Um tempo depois, a paciente voltou a se apresentar ao hospital para avaliação após seus familiares notarem episódios de choro ocorrendo de forma súbita e frequente. Na avaliação médica, a paciente se mostrou uma pessoa bem orientada em termos temporais, espaciais e sociais, mas estava com leves problemas de atenção e de memória com base em um teste de status mental. Testes laboratoriais de rotina não revelaram nada anormal.

Nesse contexto, ela foi diagnosticada com depressão e iniciou um tratamento com antidepressivo. Ao longo de 6 meses de acompanhamento, episódios de choro súbito não foram resolvidos. Mesmo com a paciente negando estar se sentindo triste, os médicos continuaram insistindo com a ideia de que os episódios de choro significavam tristeza ou depressão, levando à adição de um medicamento anticonvulsivo no tratamento. Mesmo assim, a paciente continuou tendo frequentes episódios de choro, descritos como breves e incontroláveis "ataques", que vinham subitamente, com mínima provocação, aproximadamente 12 vezes ao dia.

Caso reportado e descrito em 2014 no periódico Neuropsychiatric Disease and Treatment.