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Garoto de 15 anos com membranas pupilares persistentes


Um garoto de 15 anos foi apresentado ao oftalmologista, em Chennai, na Índia, com uma reduzida visão em ambos os olhos. Sua melhor acuidade visual corrigida, determinada com o uso da tabela de Snellen, foi de 20/20 no olho direito e de 20/60 no olho esquerdo, com ambliopia anisometrópica no olho esquerdo. Uma avaliação de rotina com uma lâmpada de fenda mostrou evidência de membranas pupilares persistentes em ambos os olhos, como mostrado nas imagens acima. Essas membranas representam remanescentes da túnica vascular do olho, a qual é o suprimento sanguíneo para as lentes em desenvolvimento do feto. Remanescentes dos capilares podem persistir como pequenas faixas anexadas ao colarete da íris. A visão geralmente não é afetada, mas ocasionalmente membranas espessas e persistentes podem causar ambliopia de privação (ex.: privação de estímulo luminoso à retina por causa de qualquer meio de opacidade, levando à ambliopia), a qual pode ser tratada com agentes midriáticos (que dilata a pupila), excisão cirúrgica, ou lise laser-induzida.

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O paciente em questão foi tratado com a aplicação de uma faixa sobre os olhos por algumas horas diariamente (para forçar ao máximo a abertura da pupila, e facilitar a remoção natural das membranas). Uma avaliação 3 meses após a apresentação mostrou que a acuidade visual no seu olho esquerdo melhorou significativamente, passando para 20/40.


O caso foi reportado em 2017 no periódico The New England Journal of Medicine.

Publicação do reporte: NEJM