A NASA está querendo mais plutônio!
Está faltando plutônio-238 para as explorações espaciais da NASA. A agência espacial americana possui um estoque próximo de apenas 35 quilos do material radioativo, o qual é de fundamental importância para a manutenção energética das naves nas viagens interplanetárias.
Apenas os já conhecidos painéis solares e aproveitamento da força gravitacional de ´terceiros´* não conseguem sustentar/guiar por completo uma nave em longas viagens. Missões com destino a planetas e corpos espaciais mais distantes só são possíveis com a energia liberada pelo decaimento nuclear do plutônio-238, um elemento altamente radioativo. O processo utiliza a termoeletricidade, onde materiais condutores expostos a grandes diferenças de temperatura ( através do calor gerado pelo decaimento do plutônio-238) apresentam uma notável produção elétrica. Para comparação, a energia gerada desta maneira nas naves da NASA desenvolvem uma potência de 110W e as lâmpadas domésticas consomem, em média, 60W. E como este isótopo radioativo possui uma meia-vida de 87,7 anos, a nave continua recebendo este precioso aporte energético por décadas, possibilitando ambiciosas expedições espaciais.
Uma cápsula típica de geração de energia das sondas espaciais; a pastilha contendo plutônio radioativo está destacada em vermelho |
Construção da sonda New Horizons, lançada em 2006, a qual chegou em Plutão neste ano; ela também é alimentada com plutônio |
*As espaçonaves de missões espaciais utilizam a força gravitacional, por exemplo, de planetas do nosso Sistema Solar para ganhar um ajuda extra no percurso, com o objetivo de economizar combustível.
REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
- http://www.nature.com/news/nuclear-power-desperately-seeking-plutonium-1.16411
- http://www.scientificamerican.com/article/within-nasa-a-plutonium-power-struggle/
- https://solarsystem.nasa.gov/rps/faq.cfm
- http://scitation.aip.org/content/aip/magazine/physicstoday/news/10.1063/PT.5.1047