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Por que o observatório astronômico no Deserto do Atacama atira lasers no céu?

Figura 1. Telescópio Muito Grande, no Chile.
 

          Na Fig.1, registro de quatro poderosos lasers sendo disparados no céu, cada um a partir de cada telescópio de oito metros do Telescópio Muito Grande (TMG) no Deserto do Atacama, Chile. Você sabe a função desses lasers?

          A turbulência atmosférica é um problema para observações astronômicas na superfície terrestre, causando a produção de imagens borradas da atmosfera não seja corrigida. Os lasers emitidos por observatórios operando grandes telescópios fazem átomos de sódio (Na) na atmosfera brilharem [excitação eletrônica e emissão via fluorescência] como "estrelas artificiais", permitindo que o telescópio corrija distorções atmosféricas sobre a luz de reais estrelas, determinando com maior exatidão posições e outras características estelares (1). Os átomos de sódio na atmosfera são excitados a uma altitude de 90 km, na mesosfera (90-110 km). Cada laser do TMG entrega 22 watts de potência e cada feixe associado possui 30 cm de diâmetro. 

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(1) Sabendo da energia envolvida nas emissões do laser e características do espectro fluorescente de emissão dos átomos de sódio, os astrônomos conseguem identificar e isolar os efeitos de distorção atmosférica sobre a luz atravessando a atmosfera.

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          O Telescópio Muito Grande - administrado pelo Observatório Europeu Sul - começou a operar efetivamente há 25 anos, em maio de 1998. Desde então, tem sido crítico em vários estudos astronômicos importantes e .

> Um notável estudo de 2023, realizado através do Telescópio Muito Grande: Buraco Negro "silencioso" reforça teoria que estrelas de grande porte podem entrar em colapso gravitacional sem explosão  

> O projeto GRAVITY+ foi recentemente lançado e representa uma enorme e complexa atualização do Interferómetro do TMG (TMGI). O GRAVITY+ dá ao TMGI um maior poder de observação e uma cobertura do céu muito mais ampla do que era possível anteriormente. Para mais informações, acesse aqui.


 REFERÊNCIAS

  1. https://www.eso.org/public/belgium-fr/teles-instr/paranal-observatory/vlt/vlt-instr/4lgsf/
  2. https://www.nature.com/articles/d41586-023-01876-3