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Dieta de gravidez

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          Durante a gravidez, os cuidados com o corpo da mulher devem ser redobrados. As grávidas passam a sustentar dois indivíduos em um mesmo corpo, o que multiplica as responsabilidades. O fumo e uso de drogas recreativas deve ser totalmente evitado, exames de radiografia devem ser feitos de modo especial (devido à exposição do feto aos Raios X), o estresse deve ser controlado, medicamentos devem ser administrados sempre sob orientação médica, o repouso precisa entrar em equilíbrio com as atividades físicas e, em grande destaque, a alimentação deve ser muito bem planejada.

           Nesse último caso, a área de dietas promovidas para as grávidas transborda de mitos e desinformações. Começando com as recomendações mais óbvias, e baseadas em real ciência, hoje já é um consenso na comunidade médica de que o consumo de bebidas alcoólicas deve ser evitado durante todo o período de gravidez. Nem mesmo pequenas doses são permitidas, especialmente no primeiro trimestre, onde a maior parte dos abortos naturais ocorrem (mais de 80% dos casos). O consumo de alimentos processados deve ser bastante limitado, especialmente aqueles com gordura-trans. Por causa da diabetes gestacional (1) e de mulheres com predisposição à diabetes, os alimentos com alto índice/carga glicêmica (consumo alto de carboidratos sem fibras, excesso de doces, etc.) precisam ser evitados ao máximo. Também por causa da hipertensão, ou predisposição à essa doença, o excesso de sódio deve ser evitado. Carnes mal cozidas/passadas, patê e queijos em pasta também devem ser cortados devido à possível presença de micróbios patógenos.

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    MITOS

           Esclarecendo rapidamente as recomendações mais tradicionais e cientificamente baseadas, chegamos no campo dos mitos. Não é novidade para ninguém que pelo mundo afora existem milhares de histórias relacionando comida com a gravidez. Desde superstições até crenças pseudocientíficas, muitas recomendações populares defendem que certos alimentos aparentemente saudáveis são prejudiciais à saúde do bebê. Podemos citar alguns destaques bastante disseminados mas sem embasamento científico:

- No Japão, por exemplo, muitos acreditam que comidas apimentadas podem gerar um bebê com um temperamento mais curto;

- Nos EUA, acredita-se que o desejo das grávidas por morangos e pimentas geram marcas de nascimento na pele do bebê;

- No México, muitas grávidas se recusam a comer ovos pois eles supostamente podem fazer com que o bebê tenha mal odores;

- Na cultura tradicional Chinesa é onde encontramos a maior coleção de mitos desse tipo, indo de 'comer siri pode fazer com que o seu bebê nasça com 11 dedos' até 'beber mais leite deixa a pele do bebê mais branca';

- Isso sem contar lendas como 'se você comer isso, seu filho vai nascer com cara de...' e coisas do tipo.

           Seguindo nessa linha, existe o temor das mães em induzirem alguma alergia em seus filhos através do consumo de alimentos conhecidos por serem causas comuns de alergias, como os laticínios (lactose), amendoim e trigo (glúten). E as mães continuam evitando esses alimentos durante a amamentação e os proíbem para os filhos até eles atingirem uma idade mínima em torno de 5 anos. Não é justo considerar essa história como um real 'mito', porque essas recomendações eram fornecidas por agências de saúde há bastante tempo, fazendo parte de vários guias de pediatria até hoje. Pelo contrário, estudos nos últimos anos vem cada vez mais mostrando que a exposição de alimentos alergênicos às crianças e à gestante desde muito cedo ajuda mais a prevenir alergias futuras do que evitando-os. Estudos clínicos envolvendo inúmeras mães e bebês têm sugerido que a proteção contra alergias conferidas  pela ingestão de amendoim, por exemplo, chega a ser 3 vezes maior do que quando essa semente é descartada da dieta, mesmo em crianças com propensão a desenvolverem alergia a esse alimento.

             Em um artigo de revisão para o The New York Times, o professor de pediatria na Escola de Medicina da Universidade  de Indiana, Aaron E. Carroll, diz que essas descobertas podem ser explicadas pelo fato da criança ter o seu sistema imunológico desafiado desde cedo, forçando uma resposta imunológica mais vindoura e eficiente (Ref.10). Seria um clássico exemplo para o 'Você está protegendo o seu filho demais'. Porém, o especialista também deixa claro que qualquer mudança na dieta que fuja das recomendações padrões deve ser avisada ao profissional da saúde que está acompanhando sua gravidez. Comer amendoim, laticínios e trigo parece ser seguro, mas cada caso é um caso. Converse com o seu médico sobre essa questão. E importante: esses alimentos só causam alergia ou intolerância em quem já é alérgico ou intolerante, como os indivíduos intolerantes à lactose e pessoas com a doença celíaca. Ou seja, não significa que qualquer um que comê-los, em excesso ou não, desenvolverá algum problema imunológico. Aliás, leite e amendoim são alimentos muito nutritivos.

           No caso das pseudo-ciências, existe uma classificação meio maluca feita sobre alimentos naturais, principalmente em frutas e verduras. De acordo com tal classificação, os alimentos são divididos em 'Quentes', 'Frio' e 'Quentes-Molhados' (traduções literais do inglês 'Hot, Cold, Wet-Hot'). Os alimentos 'Quentes', os quais incluiriam o mamão e a abóbora, por exemplo, seriam prejudiciais para o primeiro trimestre da gravidez. Os alimentos 'Frios', como o leite, melancia iogurtes e bananas, induziriam má circulação sanguínea no útero. Já os ´Quentes-Molhados´, como o camarão, abacaxi e manga, produziriam perigosas toxinas que se manifestariam na forma de reações alérgicas e erupções cutâneas no bebê.

            Quase todos esses mitos e pseudociências mencionados não passam de crendices sem qualquer base científica. Na verdade, essas superstições podem até ser perigosas para a grávida, porque esta pode acabar restringindo vários alimentos nutritivos da dieta e/ou acabar seguindo receitas suspeitas que supostamente estariam fazendo bem ao seu corpo. O que paradoxalmente piora a situação é que as grávidas tendem a ter uma preocupação triplicada com a saúde por causa do bebê. Assim, elas acabam ficando ainda mais tentadas a seguir tais conselhos, evitando tudo o que pode ter um mínimo de possíveis riscos. Somando-se a isso, a restrição alimentar pode também trazer diminuição do consumo calórico e nutricional pelas grávidas, o que é extremamente prejudicial já que elas estão formando um ser de grandes dimensões no útero. E esse último precisa de energia e nutrientes essenciais para crescer e se manter vivo, ao mesmo tempo em que a mãe também precisa se manter bem saudável e disposta. 

Se houver muitas restrições na dieta, a grávida pode acabar não conseguido atingir o consumo nutricional adequado para alimentar bem ela e o bebê; todo extremismo é prejudicial

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  VERDADES

           Porém, é preciso ficar atento com algumas verdades dentro dessas histórias, já que algumas podem ser passadas de geração para geração baseadas em reais observações. Frutas, verduras e derivados animais já normalmente consumidos no cotidiano não farão mal caso não exista nenhuma alergia/intolerância da grávida, toxicidade envolvida ou um excesso de consumo. É preciso ficar atento também com a origem desses alimentos, já que frutas e verduras podem ter uma alta quantidade de agrotóxicos (às vezes é preferível dar preferência aos orgânicos, devidamente aprovados pela ANVISA). Mas, além disso, é preciso tomar cuidado e consultar seu médico sobre alimentos não usuais no seu cardápio ou aqueles mais exóticos.

           A raiz de licopódio, por exemplo, pode ser bastante danosa por possuir o ácido glicirrhizico (glycyrrhizic acid, no inglês) em sua composição, e portanto, deve ser evitada. Outro exemplo são os alimentos ricos em cafeína. A quantidade de cafeína ingerida pelas grávidas deve ser muito controlada, não podendo ultrapassar os 200 mg (dois copos pequenos de café ou chá, na média) diários. E, em última análise, não se iluda com o consumo de qualquer coisa propagandeada como 'natural'. Alface é natural e faz bem, mas as folhas de beladona, mesmo sendo também naturais, são mortais se ingeridas. Alimentos medicinais (como ervas) e homeopáticos também precisam de uma aprovação médica antes de serem usados, mesmo tendo o rótulo de 'naturais'. Nesse ponto, é bom listar os principais alimentos que devem ser evitados ou ter o seu consumo restrito, segundo a literatura médica:

1. Queijos macios azuis, como o gorgonzola e o roquefort, devem ser evitados serem consumidos crus, apenas cozidos. O perigo deles para a gravidez não são os fungos usados para prepará-lo e, sim, porque eles são menos ácidos do que os queijos duros e possuem maior umidade, o que faz eles serem um ambiente ideal para a proliferação de bactérias danosas à nossa saúde, como a listeria. Embora infecções a partir desses queijos seja algo raro, não vale a pena arriscar. Para o resto dos queijos, eles são seguros de serem ingeridos, caso sejam feitos com leite pasteurizado;

2. Ovos crus ou parcialmente cozidos (com a gema mole) devem ser evitados por existir a chance de estarem contaminados com a bactéria Salmonella, a qual é bastante conhecida por causar fortes intoxicações alimentares, algo ainda mais perigoso para as grávidas (Comer ovos aumenta o colesterol sanguíneo?);

3. Carne mal passada ou crua deve ser evitadas, porque, além de bactérias perigosas, elas podem estar contaminadas com o protozoário da toxoplasmose, doença que é fatal para a manutenção da gravidez;

4. Frios, como o salame, pepperoni, presunto, entre outros, não devem ser comidos crus, já que não são propriamente cozidos e podem conter bactérias e toxoplasmose. Uma infecção por essa via é muito raro, mas as chances existem;

5. Evite comer muito fígado, pois esse órgão é uma rica fonte de vitamina A, a qual é prejudicial para o bebê em mínimo excesso;

6. Comer carne de animais caçados com tiros de armas de fogo pode ser perigoso pois pode trazer quantidades muito elevadas de chumbo (da bala), cuja presença não é retirada com um simples aquecimento. Quando for comprar carne, pergunte da sua origem;

7. Não consuma grandes dosagens de suplementos multivitamínicos e óleo de peixe, pois ambos contêm, geralmente, muita vitamina A (O perigo dos multivitamínicos) ;

8. Peixes são liberados (mas moderação no seu óleo), exceto para o caso de atuns, tubarões, marlins, trutas, cavalinhas, peixes-espadas e sardinhas. Eles possuem contaminantes oceânicos maior que o normal em relação aos outros peixes. O atum é o mais preocupante, já que costuma conter uma quantidade relativamente alta de mercúrio. Todas essas exceções devem ser consumidas com bastante limitação;

9. Frutos marinhos crus, como crustáceos, ostras, entre outros, devem ser evitados por conterem grandes quantidades de bactérias e vírus que podem ser perigosos para a saúde;
         
10. Sushis (peixes crus), normalmente, são liberados, mas tenha certeza que eles foram congelados por um bom período de tempo antes de serem preparados ou tenham origem de fazendas de peixes. Isso porque esses animais podem conter certos vermes parasitas em sua carne, os quais são mortos pelo congelamento e são muito improváveis de existirem em fazendas, por causa do ambiente em que são criados. De qualquer forma, se der para cozinhar bem toda carne consumida, esse é o melhor caminho;

11. Todo leite deve ser pasteurizado (esterilizado com tratamentos de alta temperatura e rápido resfriamento) antes de ser consumido, e seus derivados devem vir do mesmo processo, como queijos e iogurtes. Se você tiver só leite cru a disposição, ferva-o antes de bebê-lo. Caso um queijo ou iogurte for feito com leite não-pasteurizado, evite-os (O consumo de leite é prejudicial?) ;

12. Vegetais comestíveis, como frutas, legumes e verduras que possuem terra ou outras sujeiras visíveis devem ser muito bem limpos e, se possível, esterilizados com água sanitária se forem ser consumidos crus. Devem ser evitados produtos associados a altos níveis de agrotóxicos, apostando mais nos orgânicos;

13. Como dito anteriormente, alimentos com muita cafeína, como café, Coca-Cola (e bebidas similares), certos chás (como o verde), energéticos, barras de chocolate preto, entre outros, devem ser consumidos com muita moderação. 200 miligramas por dia de cafeína é o máximo recomendado para as grávidas, onde quantidades maiores podem causar danos ao bebê ou abortos;

14. Chás e outros produtos com ervas devem ser consumidos com moderação e suspeita, se possível sob a orientação de um médico. Algumas desses preparados 'naturais' podem conter substâncias prejudicais para você e/ou o feto;

15. Evite um consumo exagerado de arroz, pois o mesmo é a fonte alimentar mais rica em arsênio conhecida (Arroz Venenoso?);

16. Sementes germinadas devem ser consumidas com bastante cuidado também, pois, dependendo da sua origem, podem carregar bactérias danosas. Cozinhe-as sempre que puder caso você consome esse tipo de alimento com frequência.           


          Outro problemas são as restrições advindas dos hábitos alimentares de cada mulher. Um exemplo clássico é o vegetarianismo. O ideal é ter uma boa diversidade de alimentos, englobando os ovos, laticínios, frutas, verduras, legumes e carnes, tudo de forma equilibrada e respeitando as tolerâncias do seu corpo. Quando a pessoa restringe alimentos, como os vegetarianos, cuidados a mais na dieta devem ser tomados. Os derivados animais possuem muitos nutrientes que podem ser bastante deficitários nos vegetais, especialmente as proteínas e a vitamina B12. Caso seja necessário, suplementos alimentares devem ser tomados, para garantir a ingestão mínima de todos os nutrientes responsáveis pela manutenção da saúde do bebê em desenvolvimento e da grávida. Mas apenas comece a utilizar suplementos, como proteínas e multivitamínicos, sob expressa orientação do seu médico. Nunca tome esses suplementos por conta própria. Um excesso de vitamina A, por exemplo, é extremamente tóxico para o corpo. Isso é válido para os medicamentos também, por mais seguros que eles pareçam ser (cremes de rosto, produtos para espinhas, analgésicos, etc.).

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         Não siga dicas populares ou mitos seculares para proteger sua gravidez. Sempre tente ter um acompanhamento médico e nutricional para saber o que usar ou o que comer durante esse período e após o parto. Lembre-se: não é só sua vida que está em jogo!

IMPORTANTE: Durante a gravidez, é normal o ganho de peso (em maior parte de tecido adiposo), sendo isso inclusive saudável para o desenvolvimento do feto. Mas engordar muito é bastante prejudicial, e um estudo recente feito pelo NICHD (Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano, na tradução da sigla em inglês) encontrou que entre 8 mil grávidas analisadas, 73% delas ganharam mais peso do que o recomendado. E esse ganho excessivo  aumenta os riscos de uma maior pressão arterial, necessidade de uma cesariana e bebês com excesso de peso. Por isso é importante consultar um profissional de saúde responsável para se informar o quanto de peso você precisa ganhar, valor que irá depender do seu IMC (Índice de Massa Corporal) anterior à gestação, quantidade de fetos em desenvolvimento (um, gêmeos, etc.), entre outros parâmetros. (Ref.16)

(1) O que é a Diabetes Gestacional?

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ATUALIZAÇÃO (18/07/16): As organizações e agências de saúde ao redor do mundo recomendam fortemente que as mulheres grávidas e crianças pequenas comam mais peixes e frutos marinhos. O consumo desses alimentos, além de ser excelente para a saúde, está associado com um melhor desenvolvimento neurológico e crescimento geral do feto e crianças.

Os peixes e frutos marinhos possuem boas quantidades de proteínas de alta qualidade, vitamina D, óleos saudáveis e vários sais minerais. Além disso, o consumo de peixes está relacionado com uma menor incidência de problemas cardíacos entre a população.

Apesar de todos os benefícios, é preciso ficar atento com os níveis de mercúrio nos peixes. Todos os peixes e frutos marinhos acumulam alguma quantidade de metilmercúrio (forma orgânica bem perigosa do mercúrio), o qual pode ser especialmente perigoso para o feto. Porém, a maioria possui apenas traços mínimos desse composto, não impondo significativo perigo para a saúde. Entre os peixes com quantidades perigosas desse composto, e que devem ser evitados, estão: atum albacora, tubarão, peixe-espada, cavala-verdadeira e peixes da família Malacanthidae do Golfo do México. (Ref.14)

ATUALIZAÇÃO (26/08/16): As grávidas e mulheres amamentando devem ficar atentas ao consumo proteico. A recomendação das agências de saúde para a ingestão ideal de proteínas para as grávidas é de 1 grama por quilo de massa corporal por dia. Ou seja, se você está pesando 70 kg, é necessário ingerir 70 gramas de proteínas diariamente, ficando atenta para a obtenção de todos os aminoácidos essenciais. As fontes animais (carnes variadas, laticínios e ovos) possuem as melhores proteínas, as quais conterão todos os aminoácidos essenciais. Entre as plantas, temos o amaranto, a soja e a quinoa como excelentes representantes proteicos, também contendo todos os aminoácidos essenciais. Se você faz uma dieta vegana, é importante variar bem as fontes proteicas entre os vegetais, para ter certeza de consumir boas quantidades de todos os aminoácidos essenciais e uma quantidade global satisfatória de proteínas. (Ref.15)

Entenda mais sobre a importância das proteínas em: A quantidade de proteínas na dieta importa?

ATUALIZAÇÃO (19/12/17): Segundo um novo estudo de revisão publicado recentemente no The BMJ, ainda é incerto se uma suplementação com Vitamina D deveria ser recomendada às grávidas para a promoção de um feto mais saudável. A Vitamina D ajuda a manter os níveis de cálcio no corpo e gerar uma boa saúde de ossos, dentes e músculos. Numerosos estudos também sugerem que consumir suplementos dessa vitamina também pode ajudar a proteger contra doenças cardíacas, infecções respiratórias e asma, além de condições relacionadas com a gravidez, como pré eclâmpsia e diabetes gestacional. Apesar de que os níveis de vitamina D realmente sobem na corrente sanguínea da grávida e no sangue do cordão umbilical, as evidências de que isso traga benefícios para a gravidez ainda são fracas. A OMS, por exemplo, não recomenda. Tomar banhos de Sol o suficiente, em horários de menor periculosidade (manhã, por exemplo) já é bastante para manter níveis adequados desse nutriente no corpo (é sintetizado na pele a partir da radiação ultravioleta). Vários alimentos também já costumam vir enriquecidos com essa vitamina, como o leite. (Ref.17)


REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
  1. http://www.health.gov.bc.ca/library/publications/year/2013/bbc.pdf
  2. http://www.bbc.com/news/magazine-32033409
  3. https://nccih.nih.gov/health/licoriceroot
  4. https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=8C2vBgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA1&dq=fruit+vegetables+pregnancy+myth&ots=6SevA1caSe&sig=LI3A2bt7V179F68AE8tNx_TJLH0#v=onepage&q&f=false
  5. http://www.mdpi.com/2072-6643/5/5/1511/htm
  6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4208630/
  7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19158218
  8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20410088
  9. http://www.wjpps.com/download/article/1441369217.pdf 
  10. http://www.nytimes.com/2016/04/26/upshot/avoiding-peanuts-to-avoid-an-allergy-is-a-bad-strategy-for-most.html?smid=tw-nytimes&smtyp=cur 
  11. http://www.nhs.uk/conditions/pregnancy-and-baby/pages/foods-to-avoid-pregnant.aspx
  12. http://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/pregnancy-week-by-week/in-depth/pregnancy-nutrition/art-20043844
  13. http://www.foodsafety.gov/ 
  14. http://www.fda.gov/ForConsumers/ConsumerUpdates/ucm397443.htm 
  15. https://www.betterhealth.vic.gov.au/health/healthyliving/protein
  16. https://www.nichd.nih.gov/health/topics/preconceptioncare/conditioninfo/pages/healthy-pregnancy.aspx
  17. http://www.bmj.com/content/359/bmj.j5237