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Por que temos ( ou tendemos a ter) medo de alturas?

                                                       


            Claro, a resposta pode parecer lógica, já que não temos asas para nos proteger de cairmos de alturas perigosas. Mas de onde vêm esta lógica? Algumas hipóteses já foram formuladas, especialmente para explicar a acrofobia ( medo exagerado de altura) e a evolução possivelmente está por trás disso.
            Mais do que raciocínio inteligente, nosso medo de alturas pode ter sido um importante produto evolucionário. Nossos antepassados viviam em uma época onde cair de lugares altos poderia significar morte certa, mesmo que apenas um pequeno osso tenha sido quebrado. Isso porque a medicina nesta época( milhares de anos atrás) praticamente inexistia, e qualquer dano poderia ser fatal. Além disso, sem a ajuda de instrumentos de escalação, seria uma burrada se aventurar em altas altitudes. Ou seja, aqueles que pensavam mais de uma vez ( medo) antes de se aventurarem a subir em uma árvore gigantesca só para pegar um fruto sem tanta necessidade, tinham mais chances de sobreviver e passar seus genes para as próximas gerações. Para provar que o medo de alturas é mais genético do que óbvio, testes com vários bebês já mostraram que eles têm receio de lugares que pareçam altos, tentando sempre fugir de lá, sob intensos choros, mesmo o risco sendo zero deles caírem.

           Outro fato interessante é a nossa relativa ausência de medo das altas velocidades. Dirigir um carro ( bicicleta, moto, etc.), ou estar dentro de um veículo muito veloz, é algo normal entre as pessoas, mesmo havendo riscos enormes nestas situações. A explicação pode ser a mesma da altura. Mover-se a grandes velocidades ajudava nossos antepassados a perseguir uma caça ou fugir de ser caçado, e quanto mais rápido o indivíduo era, mais chances ele tinha de sobreviver e passar seus genes adiante. Caso essa associação esteja correta, isso pode explicar o porquê de escalar uma pequena escada ser muito mais desafiador do que dirigir um carro a velocidades absurdas em uma BR, mesmo com a diferença de riscos estarem em polos opostos. E o ato de atingir velocidades altas é até um prazer para muitos.

REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
  1. http://www.wadsworth.com/psychology_d/templates/student_resources/0155060678_rathus/ps/ps05.html
  2. https://www.youtube.com/watch?v=Gv191JDxYyE