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A importância da Glutamina

                                          
             No meio do fisiculturismo, a glutamina é muito conhecido, e, fora dele, ela deveria ser também. Esse nutriente é essencial para o sistema imunológico de todos (1) e é frequentemente ignorada.

            A glutamina é um aminoácido não-essencial ( nosso corpo mesmo produz) encontrado em diversas fontes de alimentos, mas principalmente em carnes, leite( e seus derivados) e ovos. Além de ser um potente anabólico por atrair bastante água para dentro das células musculares ( de acordo com estudos recentes) e fazer o transporte do nitrogênio, criando, assim, um meio ideal para síntese proteica, ela é a principal fonte de energia para as células de defesa do seu corpo. Quando ocorre intensa batalha no seu sistema imune, o combustível para as tropas vem da glutamina. É por isso que quem começa a fazer musculação seriamente, se alimentando e/ou suplementando bem, fica menos propenso a pegar doenças comuns, como gripe. E isso não é algo vindo do achismo. É científico e concreto. Além deste grande benefício, a glutamina também é essencial para a regulação do pH sanguíneo, por ser uma fonte de amônio depois de tratamentos bioquímicos  nos rins.

             O problema é que a ingestão recomendada de glutamina normalmente só é atingida nos marombeiros da vida (1), assim como ocorre com diversos outros nutrientes. Para os vegetarianos, isso piora, por causa da falta de ingestão de carnes e lacticínio. Se você não consegue ter uma alimentação suficiente, tente obter uma suplementação que inclua a glutamina ( dê preferência aos suplementos com toda a gama de aminoácidos, como o WheyProtein, a Proteína da Soja ou até mesmo a Farinha da Soja), ingerindo ao redor de 10 gramas por dia. Não é garantido que seu sistema imunológico vai dar uma melhorada excepcional, mas benefícios ao mesmo serão notados. Às vezes, ficamos tão preocupados só com a vitamina C e multivitamínicos espalhados pela mídia desinformada, que acabamos parando de questionar se existe algo além do senso comum. E, falando nisso, a vitamina E é dezenas de vezes mais anti-oxidante do que a endeusada C, só para se ter uma idéia da situação.

              Faça o teste: suplemente-se com glutamina durante alguns meses e veja os resfriados e gripes ficando cada vez menos frequentes, especialmente em situações de baixa imunidade (1). O ideal mesmo é consumir este aminoácido direto dos alimentos, porque aí você conseguirá diversos outros nutrientes.

Fontes de glutamina: carnes, peixes, ovos; iogurte, leite, queijo; feijão, favas. ervilhas;
repolho, beterraba, espinafre, couve, salsa, soja ( este é que mais contém dentre os vegetais; uma dica para os vegetarianos).

E lembrando: seu corpo já produz este aminoácido. Portanto, se sua dieta é equilibrada e saudável, a suplementação torna-se desnecessária. (1) Mas em momentos de estresse e debilidade, sua produção no corpo cai, mesmo com uma boa alimentação, sendo necessário recorrer a alimentos ricos neste aminoácido. E como o estresse e baixa imunidade são fenômenos cada vez mais recorrentes na nossa atual população, é melhor estar sempre prevenido.

Nota: Todos os aminoácidos utilizados pelo nosso corpo são importantes, tanto para a construção proteica, fonte energética e percursor bioquímico para a produção de outras substâncias fundamentais no nosso corpo. Dei um foco na glutamina porque ela age direto no sistema imune e pode ser a causa de várias baixas resistências à doenças entre a população. Além disso, incentivando o consumo de alimentos ricos em glutamina, a pessoa acaba ingerindo os outros aminoácidos, especialmente os essenciais.

Importante: Estudos recentes ( Ref. 12 e 13) mostram que em certas doenças e/ou estado de debilidade de alguns pacientes, uma suplementação extra de glutamina parece não ajudar em nada, pelo contrário, pode piorar a saúde desses enfermos. Sempre consulte um médico antes de utilizar qualquer suplementação ou remédios para tratar alguma enfermidade. Mas não fique preocupado, porque essas exceções são raras e envolvem condições graves de saúde.

REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
  1. http://jn.nutrition.org/content/131/9/2515S.short
  2.  http://europepmc.org/abstract/med/10910294
  3. http://europepmc.org/abstract/med/21196190
  4. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0899900797000178
  5. http://ajcn.nutrition.org/content/77/3/737.short
  6. http://www.popline.org/node/193657
  7. http://link.springer.com/article/10.1007/s00726-013-1500-6
  8. https://asas.confex.com/asas/jam2014/webprogram/Paper1798.html
  9. http://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMe1302301
  10. http://www.nature.com/ejcn/journal/v69/n5/abs/ejcn2014255a.html
  11.  http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2405654515300299
  12. http://journals.lww.com/co-criticalcare/Abstract/2015/12000/Nutritional_controversies_in_critical_care__.10.aspx 
  13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23594008 
  14. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18806121
  15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18806121
  16. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16543791